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Livro de autora norte-americana aborda exploração animal e vegetarianismo para crianças

9 de setembro de 2009
3 min. de leitura
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Por Marcela Couto (da Redação)

Artigo escrito por Brad Moon, publicado no Geek Dad:

That’s Why We Don’t Eat Animals: A Book About Vegans, Vegetarians and All Living Things” ( “É por isso que não comemos animais: Um livro sobre veganos, vegetarianos e tudo aquilo que vive”), da autora Ruby Roth, é um dos livros mais desafiadores que já li com minha filha. Direcionado principalmente às crianças pequenas (idade recomendada de 4 a 10 anos), o livro aborda algumas das questões mais profundas e perturbadoras, usando o tratamento dispensado às vacas, galinhas e porcos para servirem de “alimento” como argumento para a adoção de um estilo de vida vegetariano ou vegano. Roth ainda vai além, abrangendo as questões ambientais relacionadas às práticas de grandes fazendas.

livrinho
Foto: Reprodução Geek Dad

Mesmo que nem todas as pessoas tornem-se vegetarianas ao lê-lo, “That’s Why We Don’t Eat Animals:” cumpre seu papel de conscientizar-nos sobre a origem de nossa comida, como ela é feita e como nossas escolhas alimentares afetam outras criaturas e o meio-ambiente.

Li o livro primeiro, para ter certeza de que não se tratava de algo muito extremo. Acredito que é importante que as crianças tenham acesso a informações como estas e entendam a origem de tudo, mas não daria uma cópia de “Fast Food Nation” para o meu filho de sete anos de idade. Porém, não precisava ter me preocupado tanto. Roth aborda as condições sofridas dos animais criados em fazendas, mas não exagera nas imagens, e também não mantém o foco no abatedouro quando explica o nosso ciclo alimentar. Ao invés disso, a autora tenta estabelecer uma relação de empatia entre o leitor e os animais, focando nos laços entre as mães e os filhotes de vários animais explorados pela indústria alimentar, além de abrir o livro com uma visão geral sobre como tratamos os animais de estimação.

“That’s why we don’t eat animals”
conecta de forma inteligente a forma como tratamos os animais com o impacto que nossa espécie causa ao planeta, com a premissa básica de que tomando uma nova atitude em relação à alimentação (e isso quer dizer, claro, tornar-se vegetariano) resulta em um mundo mais saudável.

Minha filha Natasha, vegetariana por cinco anos, leu o livro comigo e adorou. Ela escolheu tornar-se vegetariana por causa de seus sentimentos pelos animais, então o livro apenas reforçou a idéia. Ela achou as ilustrações dos animais presos em jaulas muito tristes, mas nada que chegasse a ser repulsivo para uma criança. A menção dos impactos ambientais a deixou muito interessada, por isso acho que a inclusão dessa parte foi decisiva para desenvolver a percepção da criança sobre as conseqüências de suas próprias ações.

Se é um livro imparcial? Trata-se de algo definitivamente pró-veganismo e vegetarianismo, e especialmente crítico em relação à indústria alimentar e exploração animal. Mas é um livro excelente para expor as questões morais sobre comer carne de uma forma que as crianças podem compreender e relacionar sem sentirem-se chocadas.

Mais informações sobre o livro (em inglês)

Com informações de Geek Dad

 

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