A Secretaria de Meio Ambiente de São José dos Campos inicia nesta sexta-feira (4) a instalação das primeiras “casas-ninho” do projeto “Papagaios do Parque”.

O objetivo do projeto é incentivar a reprodução dessas aves, da espécie psitacídeos, no Parque Municipal Roberto Burle Marx, o Parque da Cidade.

O projeto que tem apoio da bióloga Meiriane Bittar (moradora de São José dos Campos) surgiu depois que ela visitou o Parque no mês de julho, durante o “Revelando São Paulo”.

Meiriane Bittar observou a existência de vários tipos da espécie psitacídeos no parque e se dispôs a dar orientação técnica para implantação do projeto como voluntária.

A Secretaria de Meio Ambiente fará as casas em madeira e instalará em árvores do Parque onde as aves poderão construir seus ninhos.

A bióloga dará a orientação técnica sobre o modelo mais adequado e os locais mais indicados para instalação, além de fazer o acompanhamento do trabalho.

Segundo a bióloga, esta espécie vive em ocos de árvores, se alimenta de sementes, frutas e flores e reproduz uma vez ao ano, chocando de 1 a 3 ovos.

Em visitas técnicas que fez ao Parque, Meiriane identificou alguns tipos de psitacídeos, como papagaios, periquitos, jandaias e maritacas.

Meiriane afirma que esse trabalho como voluntária é uma forma de demonstrar “o amor que sinto pela cidade que escolhi para morar e também uma maneira de contribuir para a aproximação das pessoas do meio urbano com a natureza, com a educação ambiental. É uma forma de mostrar que é possível compatibilizar desenvolvimento com conservação ambiental” – conclui.

O Parque da Cidade tem uma área estimada de 500 mil metros quadrados e é a maior área verde localizada na região urbana da cidade.

Tem dois lagos e uma grande diversidade de animais silvestres, como capivara, esquilos e lagartos, além de várias espécies de aves, como papagaios, corujas e viuvinhas entre outras.

Psitacídeos – É nesta família que estão as araras, papagaios, cacatuas e periquitos. As espécies encontram-se distribuídas pela área tropical do globo terrestre. Conhecidos grosseiramente como “bico torto”, são algumas das mais inteligentes e que possuem o cérebro mais desenvolvido.

As espécies de grande porte atingem de 60 a 80 anos de idade.

Em consequência de todas as suas características, estas aves tornaram-se muito procuradas para cativeiro, o que veio a colocá-las na lista dos animais em perigo de extinção. Esta família é constituída por 80 gêneros, com cerca de 360 espécies.

O Brasil é o país que possui o maior número de espécies, com 72 catalogadas, das quais cerca de nove estão ameaçadas de extinção.

Fonte: Vale Ambiental