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Galos e galinhas serão despejados de parque em Londrina, no Paraná

3 de setembro de 2009
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Reprodução Portal RPC/Afiliada TV Globo
Reprodução Portal RPC/Afiliada TV Globo

Os galos e galinhas que moram no bosque central de Londrina, no Paraná, estão com os dias contados no local. O Conselho Municipal do Meio Ambiente (Consemma) deliberou nesta quarta-feira pela retirada de cerca de 60 aves que residem ali devido às reclamações alguns frequentadores e moradores da região.

Segundo o coordenador da Camara Técnica de Fauna e Flora do Consemma, Eduardo Panachão, o parecer favorável surgiu após a solicitação da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU). A decisão foi tomada de acordo com as leis da Constituição Federal que concede ao Estado o poder sobre todo animal dentro do território brasileiro. Ainda dentro da legislação, o Código de Posturas do Município de Londrina proíbe a permanência de animais em parques, praças e em outros espaços no perímetro urbano.

– Tivemos de ser imparciais, já que parte da população aceita a retirada e outra é contra. Agimos de acordo com a legislação – explica Panachão.

O Consemma sugeriu à CMTU que providencie como medida de proteção um destino adequado aos animais.

– Os galos e galinhas podem ser doados a algum proprietário rural ou então destinados para a pesquisa na Universidade Estadual de Londrina (UEL), no Departamento de Veterinária (Fazenda Escola) – disse o coordenador.

O assessor técnico da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU) Gilmar Domingues Pereira afirma que a partir de hoje equipes farão o levantamento da quantidade exata de animais existentes no local. Ele garante, que ainda neste mês a morada dos animais vai mudar.

– Vamos realizar uma estratégia de retirada e dar prioridade aos proprietários rurais que tiverem interesse em receber os galos e galinhas do Bosque. Nos próximos dias serão realizados o cadastro dessas pessoas interessadas; até o fim do mês a situação será regularizada – afirma.

Os galos costumam cantar de madrugada e causam irritação em parte dos moradores de edifícios ao redor do bosque. Mas o aposentado Ernesto Ferreira de Oliveira que não vê razão para tal medida. Na opinião dele, a retirada dos animais do Bosque não corresponde à preferência de todos.

– Pelo contrário, até gosto da presença dos garnisés por aqui. Lembro com saudade dos tempos da roça – conta.

Em maio deste ano, moradores contrários à retirada fizeram um abaixo-assinado com quase 120 assinaturas que foi entregue ao município. Mas, de acordo com a decisão do Consemma e da CMTU o cocoricó dos bichos vai entoar em outras redondezas nos próximos meses.

Fonte: O Globo

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