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Exposição na Noruega mostra fotos de baleias em tamanhos natural

20 de agosto de 2009
2 min. de leitura
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Fotografar baleias é notoriamente difícil, dizem os fotógrafos submarinos, pois o maior animal da Terra é tímido e grande demais para ser mostrado em detalhes.

Mas uma nova exposição na Noruega mostra pela primeira vez na história fotos de baleias em tamanho natural, usando uma moderna tecnologia que produz imagens mais nítidas e íntimas desse mamífero marinho.

“Sensíveis, curiosas e gentis — a maioria das pessoas jamais teria a chance de ver baleias assim”, disse o norte-americano Bryan Austin, ex-pesquisador da vida marinha que passou grande parte dos últimos cinco anos fotografando as baleias em “close”.

Para produzir uma só foto, uma baleia tem de passar nadando por Austin a uma distância máxima de 2 metros. Com uma câmera especial, o fotógrafo-mergulhador faz cerca de 15 fotos de partes diferentes do animal a cada vez.

Depois, usando um software de edição de imagens, ele junta as fotos em uma só imagem, criando uma ilustração detalhada sem ter de sacrificar a sensação relativa às gigantescas proporções do bicho.

“A maioria das baleias é tímida, ou simplesmente não se interessa por pessoas, então é preciso buscar indivíduos que sejam curiosos e inquisidores, o que pode levar três ou quatro meses de mergulhos diários”, afirmou Austin à Reuters.

“Só poderia haver dois ou três encontros a cada saída dessas, em parte porque as baleias gostam de rolar para obter uma visão melhor, o que pode dificultar na transformação das fotos.”

Austin mergulhou com baleias jubarte no Caribe, com cachalotes no Pacífico e com baleias minke na Austrália. A baleia azul, maior criatura que já viveu na Terra, com a língua do tamanho de um elefante, é tímida demais para que haja uma aproximação.

A exposição é propositalmente realizada na Noruega, um dos últimos países do mundo onde ainda há caça a baleias, desafiando um memorando internacional.

Parcialmente financiada por grupos antibaleeiros locais, e pensada para estimular o debate em torno da questão, a exposição, que vai durar um mês, ocorre em um museu sobre a atividade baleeira na localidade litorânea de Sandefjord (sul).

“Fornecemos um importante contraste em relação às imagens apresentadas no museu,” disse Austin. “Mostro às pessoas uma visão intimista, em ‘close’, e dou às pessoas uma oportunidade de serem tocadas.”

Algumas fotos da exposição, intitulada “Olho no Olho,” podem ser vistas no site.

Fonte: REUTERS BRASIL

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