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Cachorro salvo por bombeiros em SP morre dias após resgate

20 de agosto de 2009
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Dias após ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros de Praia Grande, a 71 km de São Paulo, o poodle Charmoso, de 17 anos, não resistiu à velhice e morreu. Ocorrido no fim de julho, o resgate do cachorrinho tornou-se conhecido apenas na quarta-feira (19), quando imagens do salvamento foram divulgadas.

Segundo a tutora do animal, a dona de casa Deyse de Lemos, de 64 anos, Charmoso já vinha enfrentando dificuldades de saúde nos últimos meses de vida. “Ele já estava cego, com problemas no ouvido”, contou. Por conta da deficiência visual, caminhava a esmo na casa onde vivia.

Foi numa dessas andanças que o cãozinho, acidentalmente, caiu num ralo de piscina. “Acho que ele esbarrou na pedra que eu deixo sobre o ralo”, disse Deyse. Durante a noite do dia 22 de julho, ele permaneceu preso, chorando e gemendo. A tutora, porém, não estava na casa e, por isso, não pôde ajudar o cãozinho. “A sorte é que não choveu, se não o ralo encheria de água e ele morreria afogado”, disse Deyse.

No dia seguinte, ao chegar à casa, a mulher estranhou a ausência do cãozinho e a agitação de sua cadela Brida, uma poodle de 5 anos. “Procurei e o encontrei dentro do ralo. Tentei tirar, mas fiquei com medo de machucá-lo.” Ela decidiu, então, chamar os bombeiros.

Foi um trabalho lento e delicado até a saída do cão. “Quando ele saiu a gente até não acreditou. Eu acho que ele agradeceu a gente, com o latido dele”, contou o sargento dos Bombeiros Israel de Oliveira Zoarde, que participou do resgate.

Mas nos dias posteriores, a saúde do cão, que já não era das melhores, deteriorou-se. Diversas feridas brotaram na pele do animal, o que preocupou a zelosa Deyse. “Levei ao veterinário, que me contou que não tinha mais jeito.” Para evitar o sofrimento, Charmoso foi sacrificado. “Passei mal, tive de ser acudida pelos veterinários”, lembrou, emocionada.

Lembrança 

Conforme a dona de casa, o poodle era muito forte. Durante sua longa vida, teve tudo do bom e do melhor. Alimentava-se bem e recebia muito carinho –dos humanos e das companheiras caninas.  A cadelinha Brida ainda sente muita falta de Charmoso. Até hoje ela procura, em vão, seu amado. Para Deyse, isso tem fácil explicação. “Eles se beijavam o dia todo”, lembra, sorrindo. E completa: “Se todo homem fosse como meu cachorro, as mulheres seriam muito felizes.”

Fonte: G1

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