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Colégio paulista lança projeto “Por Amor aos Animais” com Instituto Nina Rosa

19 de agosto de 2009
4 min. de leitura
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Cristine Almeida, Cleide Jacomini e Jane Almeida


Os mais de 600 alunos dos ensinos fundamental e médio do Colégio Casagrande, no bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo, vão aprender neste semestre uma nova e importante lição:  o amor aos animais. A idéia de promover a educação humanitária – acalentada há mais de um ano pelas irmãs Jane e Cristine Almeida, diretoras da escola e vegetarianas há mais de 20 anos  – começou a ganhar forma a partir do contato, em julho, com o Instituto Nina Rosa (INR), que ofereceu sugestões e orientação sobre material pedagógico e adequação às faixas etárias.  “Nós queríamos fazer o projeto, mas precisávamos de um modelo, de uma referência. E no Instituto encontramos essa referência. Isso foi fundamental”, conta Cristine.

E o que estava apenas no campo dos sonhos começou a ganhar formas reais na quinta-feira passada, dia 13 de agosto. Uma palestra da coordenadora de Educação do INR, Cleide Perez Jacomini, sobre educação humanitária marcou o lançamento oficial do projeto, com a participação de professores e funcionários.

Um pouco antes do início do encontro, as diretoras estavam um pouco apreensivas: “Será que os professores atenderiam ao chamado em pleno recesso?”, “Será que se sensibilizariam para a relevância do tema?”. As respostas vieram logo e todas positivas. As 50 carteiras colocadas no auditório foram quase que completamente ocupadas. Olhos e ouvidos atentos, professores e funcionários comportaram- se como uma turma aplicada. Um vídeo exibido no início do evento mostrou imagens de professores junto com seus companheiros de quatro patas.  A reação da “platéia” foi de muitos sorrisos e olhares enternecidos. Sinal de que o tema já havia ganhado não apenas a atenção, mas, também, o coração dos espectadores. A palestra da voluntária do INR, mostrando argumentos para a importância da educação humanitária nas escolas completou o encontro.  Todos saíram convencidos sobre a necessidade de conscientizar os estudantes sobre o respeito e a compaixão para com os animais.


Professores durante a palestra sobre educação humanitária

“As crianças e os jovens precisam desse tipo de informação. Precisam ser conscientizados sobre a responsabilidade que envolve ter um animal doméstico em casa, que isso não pode ser uma questão de momento, mas que é um relacionamento para uma vida”, afirmou a professora de  Química Sumaia Mesquita. O professor de Biologia Giuseppe Capo também aplaudiu a iniciativa da escola. “Nas minhas aulas, eu já procuro passar o conceito de que todas as formas de vida precisam ser valorizadas e que cada animal tem a sua função.  Se para a Mãe Natureza todos têm a mesma importância, porque, nós, seres humanos, faríamos diferente?”, argumentou.

Material produzido pelo INR será ponto de partida para as aulas

O projeto terá início ainda neste mês e será baseado em materiais produzidos pelo Instituto:  o Kit “Fulaninho, o cão que ninguém queria” , para os alunos de até 13 anos, o documentário “A Carne é Fraca”, que será destinado aos estudantes do ensino médio do colégio, e o livreto “A Coragem de Fazer o Bem”.


Material do INR será base do projeto


Em outubro, uma exposição reunirá trabalhos desenvolvidos pelos participantes com base nos temas estudados. A escola pretende, ainda, levar os alunos para uma visita a uma instituição que trabalha com a causa animal na região.

Trabalho com resgate de animais fez nascer idéia para o projeto

Vegetariana há mais de 20 anos – assim como sua irmã e sócia Cristine – Jane sempre se incomodou ao ver o sofrimento dos animais abandonados nas ruas, especialmente os cães. Chegou a recolher muitos, mas sentia que precisava fazer algo mais. “Ficava desesperada em ver o sofrimento dos animais e a Cristine tinha o mesmo sentimento. Foi então que resolvemos fazer uma campanha educativa na escola”, relembra. “Gosto de repetir sempre uma frase sempre nos guia e que foi dita pela própria Nina Rosa em um de seus vídeos: ‘Para os animais, não importa o que você pensa ou o que você sente. Para eles, importa o que você faz’ ” , completa, com um sorriso aberto de quem sabe que já está fazendo.

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