EnglishEspañolPortuguês

Obras que ameaçam a vida das baleias em porto de SC devem ser paralisadas

14 de agosto de 2009
2 min. de leitura
A-
A+

O Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) decretou nesta quinta-feira (13) o embargo às obras de retificação dos molhes e ampliação do cais do porto de Imbituba, no sul do estado de Santa Catarina.

O motivo da paralisação imposta pela autarquia federal é o funcionamento de uma máquina de bate-estacas e caso não seja revertida, essa iniciativa pode comprometer o emprego de pelo menos 400 operários que trabalham no canteiro de obras. O porto também sofreu uma multa de R$ 100 mil.

Segundo o ICMBio, como o porto está localizado nos limites da Área de Proteção Ambiental (Apa) da Baleia Franca o funcionamento do bate-estaca deveria passar por uma análise para evitar complicações com a segurança dos mamíferos na região.

— Já houve uma notificação no mês passado e o Instituto Chico Mendes optou pelo embargo porque o porto apresentou as licenças, mas faltou a autorização e seguir algumas recomendações sobre o bate-estaca — diz Maria Elizabete Rocha, chefe da Apa da Baleia Franca no Estado.

Pelo menos 400 operários que trabalhavam nas obras de ampliação dos berços de atracação, dragagem do canal de chegada das embarcações e retificação dos molhes paralisaram suas atividades nesta quinta-feira depois do meio-dia.

O gerente administrativo do porto de Imbituba, Gesiel Palmato, informou que o empreendimento atendeu todas as recomendações de órgãos ambientais para a realização da obra, inclusive de posse de licenças concedidas pela Fatma e Ibama. Por isso, o porto vai recorrer da decisão.

A maioria dos 400 operários que correm o risco de ficar sem emprego caso o embargo não seja revogado trabalham na ampliação do cais do porto. Esse projeto faz parte do projeto de construção de três terminais de contêineres da Tecon Imbituba. O investimento durante o período de 25 anos de arrendamento da área no porto é de R$ 256 milhões.

Nota da Redação: Todo trabalho deve ser feito com base no respeito ao meio ambiente e às vidas que compõem seu ecossistema. Assim como nós, seres humanos, queremos ser respeitados, se os mamíferos do local estão sofrendo impactos negativos devido ao barulho e outros fatores causados pela obra, neste caso o desemprego dessas mãos destruidoras é um grande alívio para a natureza e não um motivo para lamentação. As mãos humanas podem fazer coisas melhores, podem usar sua força para inúmeras outras boas ações.

Com informações do Diário Catarinense

Você viu?

Ir para o topo