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Pássaros em extinção são homenageados no Mangal

8 de julho de 2009
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Há exatamente um ano, o Mangal das Garças foi o berço de dois pássaros em extinção na natureza. Para celebrar o feito, o complexo ambiental comemora o aniversário dos mutuns-cavalos (Mitu tubrosa), nesta quarta-feira (08/07), com as crianças que participam das Férias Ecológicas do espaço.  

A programação terá bolo e parabéns, além de seleção de nomes para os animais, para votação posterior. A ação tem como objetivo chamar a atenção dos participantes, bem como de toda a sociedade, sobre a importância da espécie e o cuidado com a fauna amazônica.   

Atualmente, a espécie existe somente em parques ambientais como o Mangal das Garças. Os filhotes, que completam um ano, nasceram a partir de um cuidadoso trabalho de reprodução animal desenvolvido pela equipe técnica do parque e foi conquista inédita no Pará. 

O mutum-cavalo é o maior entre os brasileiros. Pode alcançar até 89 centímetros da altura e quase quatro quilos. A alimentação desse pássaro é diversificada. Entre os pratos prediletos estão os frutos, folhas, sementes e insetos. 

No Mangal, as aves encantam os visitantes por seu tamanho e beleza. Lá, eles podem ser vistos no Viveiro das Aningas, com outras cerca de 150 espécies. “Os mutuns estão entre as aves que ocorrem em nosso território, e que formam um grupo muito interessante, como os jacús e aracuãs. São aves da família Cracidae, da ordem dos Galliformes, de grande porte, sendo os únicos galináceos arborícolas”, informa a veterinária do Mangal, Áurea Linhares. 

Ela explica que a extinção veio “devido à pressão de caçadores que as procuram pela sua carne e, também, pela destruição das florestas primárias e de grande porte, seus habitats favoritos”. Outro detalhe interessante sobre os mutuns é que eles são monogâmicos, e por isso formam um relacionamento que dura a vida inteira.  

As aves do gênero Mitu são as de maior porte, possuem três variedades, e uma já é completamente extinta na natureza. Têm penas pretas, com algumas variações entre o marrom e o branco na barriga. A crista é colorida por tons muito vivos, entre o amarelo e o vermelho.  

A veterinária conta que os mutuns passam a maior parte de seus 30 anos de vida no chão, mas sabem voar baixo. Costumam se abrigar, dormir e fazer ninhos em galhos de árvores há uma altura máxima de cinco metros. Os machos é que constroem os ninhos e as fêmeas botam dois ovos a cada cópula.  

Uma vez estabelecidos, os casais são territoriais, ou seja, demarcam áreas onde não permitem o ingresso de outros da mesma espécie. A criação e reprodução de mutuns em cativeiro exige conhecimento e muito cuidado no trato por um detalhe que Áurea ressalta: “Tanto o macho como a fêmea são temperamentais e podem matar o parceiro em minutos, se o namoro terminar em briga”.

Fonte: Diário do Pará

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