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Bisbis é reconhecido como espécie nativa da Ilha da Madeira

28 de julho de 2009
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Foto: do site Ciência Hoje
Foto: do site Ciência Hoje

Em 2007, o Bisbis foi reconhecido como espécie nativa da Madeira – uma ave que não existe em mais nenhum lugar do Mundo. Dois anos mais tarde, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Birdlife International procuraram conhecer pela primeira vez quantos pássaros desta espécie existem, quais os habitats que prefere e qual o estatuto de conservação que lhe deve ser atribuído. Estima-se a existência de 300 mil aves, que se distribuem sobretudo conforme a altitude.

O Bisbis (com o nome científico Regulus madeirensis) é uma das aves mais emblemáticas da avifauna do arquipélago, não só por ser a menor, com um peso médio de apenas seis gramas, mas também por apresentar um comportamento bastante irrequieto e ter um canto característico.

Embora se pensasse até há pouco tempo que seria uma variação da espécie de estrelinha que existe em quase todo o continente europeu, em 2007 foram aceitos estudos que determinaram que se tratava de uma espécie nativa com distribuição exclusiva nesta região.

De modo a obter os primeiros dados fiéis sobre a espécie, a sua população e estatuto de conservação, a SPEA, através de um Projeto de Investigação que teve o apoio da Birdlife International, RSPB (BirdLife International no Reino Unido) e a Universidade de Ciências Aplicadas Van Hall Larenstein (Holanda), desenvolveu um censo para a espécie em toda a ilha da Madeira.

Conservação da espécie

Através deste estudo quantitativo, a SPEA conseguiu estimar o número aproximado de aves presentes na Madeira: 300 mil, o que se traduz numa densidade geral de 6,9 aves/hectare, que varia de acordo com a altitude. Os habitats preferidos situam-se entre os 400 e os 800 metros de altitude.

“Estes valores são boas notícias para a conservação da espécie na Madeira” – afirma Ana Isabel Fagundes, Coordenadora da SPEA-Madeira. “No entanto, é muito importante que este estudo se mantenha no tempo e que seja repetido de forma regular, com o objetivo de sabermos a tendência populacional e observar se existem fatores de ameaça que possam chegar a por em risco esta espécie única no mundo”.

Finalmente, Ana Isabel Fagundes destacou o fato de “ser necessário confirmar a presença desta ave na ilha do Porto Santo. A bibliografia assim o diz, mas a verdade é que em todas as nossas recentes visitas não se encontraram Bisbis nesta ilha”.

Fonte: Ciência Hoje

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