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Zoológico de Goiânia:suspeitas e mais uma morte

27 de julho de 2009
2 min. de leitura
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Por Carol Keppler (da Redação)

Além das oito mortes já divulgadas no Parque Zoológico de Goiânia ocorridas neste ano, mais uma morte foi anunciada na segunda-feira, dia 27. Desta vez foi uma capivara de 15 anos, vítima de uma infecção generalizada, provocada por uma ruptura na alça do intestino grosso.No entanto, segundo a própria direção do parque, o número real de mortes pode ser superior a 16, já que animais de pequeno e médio porte não estavam sendo contados. A documentação com o número preciso de óbitos foi encaminhada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama).

O Zoológico de Goiânia está fecahdo para a visitação pública desde a terça-feira passada, 21, após a divulgação oficial de sete mortes (dois hipopótamos, um jacaré-açu, um leão, uma onça, um tamanduá-bandeira e uma girafa). No dia seguinte, uma queixada(espécie de porco-do-mato) foi a oitava vítima contabilizada.

A partir de então, o  prefeito de Goiânia, Iris Rezende,determinou que exemplares apreendidos pelo Ibama e encaminhados ao parque passem por uma rigorosa bateria de exames, para evitar especulações quanto ao tratamento dos animais.

As mortes levaram a Polícia Civil a instaurar um inquérito criminal para apurar se as condições do lugar resultaram na morte dos animais. Haviam denúncias de maus tratos no parque que já é investigado desde o ano passado pelo Ministério Público(MP).

A inspeção aponta falta de higiene na área de preparação de alimentos,possível fragilidade no controle de fichas dos animais, má conservação de caixas d’água, tampas de esgoto, do sistema de drenagem pluvial, do material de revestimento do teto, piso e paredes dos recintos,lançamento de efluentes no solo sem tratamento além da presença de animais que podem causar doenças, como urubus,ratos e baratas.

A perícia do MP aponta ainda a necessidade técnica de prédios primordiais para a existência do local: um para a creche e biotério, um para a triagem de animais e outro para a quarentena (área usada para adaptação dos recém chegados).

A possível falta de investimento por parte da prefeitura e de condições ideais para a vida do plantel retomou a discussão sobre a construção de um novo Zoo em outro lugar e pode fazer com que a prefeitura responda pelo crime da morte dos animais. A reabertura do Zoológico ainda não tem data prevista, devido à necessidade da realização de exames em todos os (cerca de 600)animais, determinada pelo Ibama.

Com informações do Terra e do O Globo

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