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Tartaruga George, de Galápagos, pode deixar descendentes

22 de julho de 2009
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Cientistas encontraram ovos em perfeitas condições que alimentam a esperança de que a última tartaruga gigante que habita as paradisíacas ilhas Galápagos, no Equador, finalmente se torne pai.

O “Solitário George”, que tem 90 anos e pesa 100 quilos, há 36 anos tenta sem sucesso se tornar pai, o que evitaria a extinção da sua espécie. O drama desperta a atenção da comunidade científica mundial e dos milhões de turistas que o visitam anualmente, em meio a cuidados especiais.

Em nota, o Parque Nacional de Galápagos (PNG) disse na terça-feira que, com a descoberta dos ovos, “renascem as esperanças de que o emblemático réptil deixe descendência”.

Os cinco ovos, encontrados em um ninho formado por uma das fêmeas que compartilham o espaço com George, foram agora colocados em incubadoras artificiais a uma temperatura de 29,5 graus Celsius, que favorece o nascimento de fêmeas. “Agora, é preciso esperar os 120 dias que dura o processo de incubação para saber se os ovos são férteis”, acrescentou a nota do PNG, responsável pelos cuidados ao animal.

É a segunda vez que uma das fêmeas desova. Em 2008, foram achados 16 ovos, que apresentaram sintomas de infertilidade.

Essas fêmeas não pertencem à mesma espécie de George, mas têm uma carapaça similar. Há 16 anos elas compartilham o espaço com ele como parte de uma experiência para estimular sua reprodução.

Desde que George foi achado na ilha Pinta, uma das menores do arquipélago, os cientistas do PNG já recorreram a vários métodos naturais e artificiais para tentar fazer o gigante procriar. Até mesmo rituais religiosos já foram realizados à espera do “milagre”.

As ilhas Galápagos serviram de base para que o naturalista Charles Darwin formulasse a sua teoria da evolução das espécies, no século 19. Ali vivem entre 15 e 20 mil tartarugas de 11 espécies, ao lado de aves e outros répteis.

As ilhas se encontram na lista da patrimônios naturais ameaçados, formulada pela Unesco, devido a ameaças contra o seu ecossistema.

Fonte: O Globo

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