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Governo colombiano autoriza matar hipopótamos que fugiram em 2006 do zoo de Pablo Escobar

11 de julho de 2009
2 min. de leitura
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Caçadores colombianos mataram um dos hipopótamos que escaparam em 2006 das ruínas do zoológico do narcotraficante Pablo Escobar. Eles receberam a permissão do governo para tal, pela ameaça que o animal representava, segundo as autoridades.

A licença para a morte dos animais, trazidos nos anos 1980 por Escobar, hoje morto, foi dada pela autoridade de meio ambiente do Departamento de Antioquia. A operação contou com a ajuda do Exército. A TV Caracol mostrou fotos de um hipopótamo morto rodeado por militares e outras pessoas.

“Não foi uma decisão fácil. Desde 2007 temos feito o possível para realocá-los, mas é um procedimento difícil e muito caro”, afirmou a vice-ministra de Meio Ambiente, Claudia Mora, a Reuters.

Os hipopótamos, que, segundo Mora, transmitem a tuberculose e outras doenças, atacaram recentemente animais domésticos.

Segundo as autoridades, o macho e a fêmea se reproduziram, mas não existe licença de caça para os filhotes.

Ainda permanecem em cativeiro 22 hipopótamos, sustentados com os recursos públicos. Mora pediu ajuda internacional para realocá-los.

“Achamos que deve haver menos queixas e mais colaboração por parte das pessoas, para que possamos realocar uma espécie selvagem, que deve estar no seu habitat natural”, afirmou Mora.

As propriedades do antigo chefe do Cartel de Medellín foram expropriadas pelo Estado.

Ambientalistas criticaram a decisão de matar os animais.  Marcela Ramírez, diretora da Rede de Proteção Animal, apelou à comunidade internacional para que adote os dois hipopótamos que ainda não foram mortos pelos caçadores.

“É claro que não estão em seu habitat, que podem representar riscos, mas a fórmula não é agarrá-los a tiros, não é montar um espetáculo de tiro ao hipopótamo”, declarou o ex-ministro de Meio Ambiente Juan Lozano.

Escobar não trouxe só hipopótamos, mas outros animas africanos, alguns dos quais já foram realocados em zoológicos do país.

Fonte: Reuters

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