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Em Campo Grande, mais de 2,3 mil cães serão sacrificados por causa da leishmaniose

1 de julho de 2009
2 min. de leitura
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Um problema de saúde está causando polêmica em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Cachorros estão sendo sacrificados por conta da leishmaniose. A capital sul-mato-grossense tem cerca de 132 mil cães e, segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), mais de 18 mil deles já fizeram o exame para diagnosticar a doença. Os animais sadios ganharam uma coleira que repele o mosquito transmissor da doença por seis meses. Já os animais com resultado positivo, cerca de 13%, ou seja, mais de 2,3 mil, devem ser sacrificados, como indica a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em Urânia, no interior de São Paulo, o sacrifício de 90 cães infectados pela doença revoltou os moradores da cidade e o Ministério Público precisou agir para evitar que outros animais fossem mortos.

Em Campo Grande, cerca de 150 agentes de saúde e mais 90 servidores e agentes do CCZ participam da campanha para a coleta de sangue nos cães da cidade. Os trabalhos já foram concluídos nos bairros Veraneio e Sobrinho e continuam esta semana nos bairros Nova Lima, Novos Estados, Mata do Jacinto, Estrela Dalva, Margarida, Santo Antônio, Santo Amaro e Piratininga.

A leishmaniose está presente em 20 estados e é provocada por um protozoário que fica escondido dentro da célula. Ele é transmitido pelo mosquito flebótomo. O mosquito pica o cão infectado e depois pica o homem, contaminando os dois.

Em humanos, se não tratada, a doença pode matar, pois afeta órgãos vitais, como medula, fígado e baço. Mas existe medicação disponível na rede pública e a cura chega a mais de 90% dos casos.

Em Campo Grande, porém, muitos donos não concordam em entregar o cachorro de estimação doente para ser sacrificado.

Nas clínicas veterinárias da cidade, a prevenção da doença é feita com vacinas. Mas só os animais sadios podem tomar.

Fonte:  O Globo

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