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Será julgada só em 2012 mulher que salva gata

22 de junho de 2009
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Depois de duas sessões adiadas, foi remarcado para 2012 o julgamento da mulher que salvou uma gata, em Carnaxide (Oeiras), Portugal, e depois foi acusada pela tutora do animal de furto e chantagem.

Cláudia Sousa terá de aguardar mais três anos, sujeita ao termo de identidade e residência, até voltar ao banco dos réus dos Juízos Criminais de Lisboa, para ser julgada pelo furto de uma gata. O julgamento foi adiado por duas vezes devido a problemas técnicos no tribunal.

Desde o verão de 2006 que Cláudia Sousa é arguida por ter encontrado e cuidado de uma gata abandonada em Carnaxide, Oeiras. O problema surgiu quando a tutora do animal descobriu o seu paradeiro e denunciou o caso à PSP, que mandou o processo para tribunal.

No meio desta confusão, a gata “Maria” voltou a fugir, desconhecendo-se o seu paradeiro. “Não quero acreditar que vou ficar nesta indefinição mais uns anos e com o termo de identidade. Não poder ausentar-me de casa ou mesmo ir a uma entrevista de emprego e ter de admitir que sou arguida neste processo, causa-me um enorme desgaste”, explicou, ao JN, Cláudia Sousa, que admite avançar para um pedido de indenização à proprietária da gata, Emília Palhinha.

Com cerca de três meses, o animal percorreu uma distância de 13 quilômetros entre a Graça, Lisboa, e o local onde foi encontrada pelo marido de Cláudia. Como estava ferida, o casal levou-a um veterinário, que detectou o chip identificador da dona. A partir daqui começa a confusão: enquanto que a arguida garante que contatou Emília e lhe teria pedido para ficar com a gata uns dias, até que ela melhorasse, a dona contrapõe, tendo salientado na última sessão do julgamento que foi chantageada e obrigada a admitir que não tratava bem o animal. Em agosto de 2006, Cláudia Sousa deslocou-se à casa da família, nas Caldas da Rainha, levando consigo a gata que, numa distração, fugiu.

Agora, o Ministério Público reformulou a acusação de “furto da gata” pelo crime de “apropriação de coisa achada”.

Fonte: Jornal de Notícias

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