Quase um mês depois de escapar das cheias no Amazonas, a onça-pintada Janaína foi levada ao zoológico municipal Parque do Sabiá, em Uberlândia. Ela vivia em uma pequena jaula de madeira que ficava no meio de uma área alagada no Rio Solimões, e só foi resgatada quando a água já estava molhando suas patas.

Janaína recebeu cuidados veterinários e  foi de balsa até Manaus, de avião até Brasília e de furgão até Minas Gerais. A onça era criada por um ribeirinho dentro da reserva de Mamirauá. O animal está com cinco anos e pesando apenas 35 quilos – para um animal de sua idade, o ideal seria ter entre 50 e 60 quilos –, e recebia uma alimentação baseada em peixes.

A história contada pelos moradores da comunidade de Bate Papo, onde Janaína vivia, era de que ela havia sido abandonada pela mãe. Quando tinha cerca de seis meses de idade, foi enjaulada em um caixote de madeira pelo homem que a adotou.

Segundo o Instituto Mamirauá, que ajuda o governo a cuidar da reserva, a única pessoa que conseguia se aproximar da onça era seu tutor, que faleceu em agosto de 2008. Como o animal era arredio, o pai do tutor resolveu entregá-lo ao Ibama. O resgate foi realizado pela Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, com autorização do Ibama e apoio do Instituto Mamirauá e das Forças Armadas. Para o transporte do animal, os institutos vão contar com a ajuda da ONG NEX, especializada na conservação de felinos.

Embora o animal tenha sido encaminhado ao zoológico, o ideal é que seja desenvolvido um trabalho de recuperação do animal, a fim de que ele esteja preparado para uma futura reintrodução ao seu habitat de origem. No entanto, por hora, o destino de Janaína ainda não está definido.

Com informações do Portal MS/Foto por Arquivo Nex Divulgação