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Fiscalização ambiental salva 100 quelônios em Roraima

19 de junho de 2009
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Cem exemplares de quelônios da Amazônia foram resgatados e soltos por agentes ambientais do Ibama na localidade de Praia do Veado, região do baixo Rio Branco, no município de Caracaraí, em Roraima.  Os animais estavam na posse de traficantes que atuam na área de desova de tartarugas, os chamados “tartarugueiros”.  Todos os indivíduos fugiram do local deixando para trás um motor tipo “rabeta”, três canoas de madeira, recipientes de combustível, cordas, redes e outros equipamentos destinados à predação de quelônios.  Entre eles, uma longa rede com cem metros de comprimento, denominada “capa-saco”, munida de pesos na parte inferior, que é estendida da superfície ao leito do rio e arrastada ao longo deste, capturando todo animal que se encontrar no caminho.

Foram recuperados vivos 63 tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa), 31 tracajás (Podocnemis unifilis) e seis iaçás (Podocnemis sextuberculata), espécies sob forte pressão antrópica por comporem a dieta tradicional do amazônida.  Todos os espécimes foram imediatamente libertos e devolvidos ao seu hábitat.

A apreensão ocorreu no dia 3 de junho, durante missão de fiscalização conjunta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), integrada por analistas ambientais e técnicos, escoltados por soldados da Polícia Militar do Estado de Roraima.  O objetivo era o de preservar os recursos faunísticos do Mosaico de Unidades de Conservação de Caracaraí, além de coibir a pesca profissional irregular, no período de defeso da piracema.

Ainda durante a missão, a equipe autuou três pescadores profissionais por pescarem no interior de unidades de conservação, além de estarem atuando no período do defeso.  Com eles foram apreendidos canoas, motores, redes, “malhadores”, recipientes de gelo, combustível e outros utensílios, além de mais de 50 quilos de pescado resfriado.

As embarcações principais foram mantidas por seus proprietários na condição de “fiel depositário”, para lhes dar condição de transporte de volta à Caracaraí.  As demais embarcações, equipamentos e utilidades foram encaminhados ao escritório regional do Ibama.  Parte do pescado foi doado à instituição geriátrica denominada “Casa do Vovô”, também nessa municipalidade, e os restantes 20 kg serviram de alimento para animais abrigados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), mantido pelo Ibama, em Boa Vista.

Fonte: Notícias 24H

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