EnglishEspañolPortuguês

Atletas em competição de rafting têm de dar passagem aos patos

5 de junho de 2009
2 min. de leitura
A-
A+

Palmas (TO) é a última cidade e capital planejada do Brasil, e nos próximos dez dias irá receber a “inusitada” visita de cerca de 400 pessoas vindas de diversos Estados do país para a segunda edição do Brasil Wild Extreme.

A cidade é o ponto central do Brasil, e o local é simbolizado com um monumento, que marca o centro geodésico, com uma enorme escultura da Rosa dos Ventos, na Praça dos Girassóis, e foi escolhida propositalmente com esta localização para ser um marco do país, no último Estado criado.

Nesta sexta-feira (5), atletas e mídia começam a chegar na cidade e a programação da prova será aberta às 10h de sábado (6), quando ocorrerá a coletiva de imprensa do Brasil Wild Extreme. Às 20h, haverá o briefing da corrida de aventura e na manhã de domingo (7) todos se deslocam 500 quilômetros para Mateiros, cidade que abriga a comunidade de Mumbuca, onde todos os atletas largam na segunda-feira (8).

Corrida e Preservação – O rafting é esperado como o ponto alto de toda a prova, e será realizado nas corredeiras do Rio Novo, no Jalapão (TO), porém além de todos os atletas, três casais de uma espécie raríssima de ave, o pato mergulhão, serão as atrações das corredeiras.

Com uma população mundial estimada em 250 animais, os patos costumam ficar no Rio Novo e, para garantir a preservação da espécie, o Brasil Wild firmou parceria com a Naturatins – Instituto Natureza do Tocantins, e a Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, órgão ligado ao ICMBIO – Instituto Chico Mendes, para não só conseguir o aval para realizar a etapa no local, como também assinou um termo de compromisso de que se algum atleta cruzar com o pato no rio durante o rafting, irá parar de remar e esperar o bicho se afastar, sem assusta-lo. Ainda será doado todo o equipamento náutico, para acampamento e logístico para as pesquisas e preservação da espécie.

O pato-mergulhão tem feições esguias e possui uma longa crista na cabeça. A cabeça e o pescoço são de cor negra, sendo o resto do corpo mais ou menos acinzentado. “Acho que foi um avanço nas relações entre esportes de aventura e as unidades de conservação no Brasil. Também um exemplo de que através do diálogo e do bom senso, podemos romper paradigmas e chegar a entendimentos onde os interesses sejam conciliados”, disse Júlio Pieroni, organizador da prova.

Fonte: Webventure

Você viu?

Ir para o topo