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Com o crescimento das grandes cidades, animais perdem seus habitats

20 de maio de 2009
2 min. de leitura
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Com o crescimento descontrolado das cidades, a população tem cada vez menos contato com a natureza. O problema é mundial e, logicamente, Teresópolis (RJ) não poderia escapar dessa situação, mesmo sendo cercada por unidades de conservação como o Parque Estadual dos Três Picos e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Por causa disso, animais são sempre uma atração a parte, principalmente quando aparecem no Centro ou proximidades. Depois da família de Capivaras que vivem no poluído Rio Paquequer, um macaco da espécie Bugio tem sido visto com frequência na Rua Heitor de Moura Estevão, próximo ao castelo Montebello. Muito “simpático”, o primata já ganhou até apelido de moradores das proximidades: Chico.
Apesar de ter ganhado notoriedade recentemente, sendo inclusive motivo de nota na coluna Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o Bugio é conhecido de quem mora na antiga Itapicurú há muito tempo. Há cerca de quatro anos, inclusive, foi motivo de pauta de O DIÁRIO. “Existem várias lendas sobre o Chico. Uma delas diz que ele já está por aqui há uns 13 anos e que chegou a ser levado para o Parque Nacional, mas que voltou para cá”, conta Patrícia Miranda da Silva, funcionária da Secretaria Municipal dos Direitos da Mulher, local visitado pelo macaco quase que diariamente.
Espécie ameaçada de extinção, o Bugio também é conhecido como Guariba, Barbado ou Macaco-Uivador. O Chico vive no que sobrou da floresta entre Vila Muqui, Paineiras e Várzea, área que está cada vez menor. Por conta disso, o primata tem aparecido com mais frequência nas residências e estabelecimentos comerciais da Heitor de Moura Estevão. “Ele é uma simpatia. Gosta de banana verde e de imitar o som emitido pelo pessoal da obra. Só não gosta que mexam no seu rabo ou cabeça”, conta Catarine LaArte, que também trabalha na Secretaria da Mulher. “Outras histórias que ouvimos são que ele era de uma família que morava no castelinho e que a fêmea foi morta por um cachorro labrador”, completa Patrícia, que espera que Chico seja levado para um local adequado. “Ele está sempre nos muros, até bem perto da rua. Nos últimos dias, parecia doente”, lembra.
Fonte: Diário de Teresópolis

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