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Alunos de universidade recusam-se a participar de tradição cruel em Portugal

13 de maio de 2009
2 min. de leitura
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A Associação Acadêmica da UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Portugal) disse hoje (13/5) que a maioria dos alunos que participaram na Reunião Geral de Alunos votou a favor da exclusão da garraiada das festividades da “Semana Acadêmica”, que ocorre entre quinta-feira (14/5) e o dia 20.
A garraiada é uma cruel tradição acadêmica, feita em Portugal, na qual alguns estudantes cercam um touro e tentam agarrá-lo. São comuns agressões e casos em que os touros não sobrevivem.
A iniciativa partiu do Movimento Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro (MUTAD), que reuniu 100 assinaturas de alunos que defendem que aquela tourada, realizada com um garraio (touro jovem) e na qual intervêm cavaleiros tauromáquicos amadores viola os direitos dos animais.
O MUTAD sustentou, em comunicado, que aquela “brincadeira” (garraiada) é extremamente violenta, sendo o animal empurrado, puxado e agredido várias vezes e de diferentes maneiras, por um grupo enorme de indivíduos que, além disso, nas garraiadas acadêmicas se encontram usualmente embriagados.
O movimento avançou com exemplos de violência, como um caso que ocorreu em Vila Real, em anos recentes, em que um animal morreu com o pescoço partido numa dessas agressões de que foi vítima.
Revelou ainda que numa garraiada acadêmica do Porto, também em Portugal, há alguns anos, outro animal morreu depois de ter sido barbaramente agredido.
O MUTAD considera estranho pensar que, no ambiente universitário, seja ainda pensável promover atos de semelhante violência contra animais e salienta que o ambiente universitário é de informação, conhecimento, aprendizagem, ensino, cultura, progresso e civilidade.
Desta forma, de acordo com o presidente da AATUD, Tiago Sá Carneiro, aboliu-se uma tradição com mais de 20 anos.
A garraiada da UTAD é organizada pelos “Papa Vacas”, e já decidiram que a atividade se vai manter, embora agora sem o apoio da Associação Acadêmica. O grupo, cinicamente, alega que os animais “não são agredidos” durante as “brincadeiras”.
(Com informações do Portal Sol)

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