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UEPG tem novos casos de envenenamento de cães

5 de maio de 2009
2 min. de leitura
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O campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) voltou a ser palco da morte de cães de ruas. Da última sexta-feira até ontem, quatro cães foram mortos, possivelmente por envenenamento. Um sobreviveu. Ontem, a última vítima foi encontrada agonizando próximo à guarita do Centro de Convivência.
“Foram cachorros grandes que vimos agonizando. Uns cães muito bonitos. Vimos a boca espumando e corpo contorcido. Com um deles, encontramos um pedaço de carne com chumbinho”, diz um funcionário da instituição que não quer ser identificado.
A voluntária do Grupo Fauna, Andresa Jacobs, soma 20 casos de envenenamento de cães dentro do campus de Uvaranas da UEPG, desde 2005. “Nesses últimos casos, uma professora da UEPG realizou autopsia em um dos cães e confirmou o envenenamento por chumbinho”.
O caso será encaminhado, pelo Grupo Fauna, ao Ministério Público. “Vamos encaminhar isso ao MP, porque o chumbinho é um agrotóxico e só pode ser vendido perante receituário agronômico, constando a justificativa do uso em propriedades agrícolas”.
Os problemas de envenenamento na UEPG acontecem, na maioria das vezes, em épocas de feriado prolongado. “Mas todo esse problema é ocasionado por conta da falta de políticas públicas para contenção da população animal, que gera a superpopulação de cães de rua”, enfatiza.
Andresa salienta que o Fauna é uma ONG e, portanto, promove ações voluntárias em defesa dos animais, ficando a cargo do poder público essa função. Dessa forma, ao se deparar com casos de maus tratos e envenenamento, a pessoa deve buscar socorro médico ao animal e fazer Boletim de Ocorrência na delegacia. “Não podemos deixar esse crime sem punição, mas é preciso da ajuda da população e do cumprimento de leis pelo poder público. O Grupo Fauna não pode fazer nada sozinho”.
O prefeito do campus de Uvaranas, Ítalo Sérgio Grande, afirma ter recebido a informação da morte dos cães. “Entramos em contato com o pessoal do grupo Fauna para avisar sobre o caso”. Segundo Grande, a UEPG já adotou medidas para coibir casos de envenenamento. “Através de acordo feito entre o Ministério Público e o Grupo Fauna, a UEPG já identificou locais onde e alimentação dos cães deve ser feita”.
Ele afirma, ainda, que a ação de criminosos no envenenamento de cães deve ser coibida com a instalação de 200 câmeras de vigilância, no campus de Uvaranas, nos próximos 15 dias. “Isso deve nos ajudar a identificar os possíveis autores desses casos de envenenamento”.
Com informações de Diário dos Campos

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