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Cão que foi enterrado precisa ser acordado para se alimentar

12 de dezembro de 2011
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Titã em foto na clínica em Novo Horizonte, onde está sendo tratado; filhote passou dormindo o fim de semana. Foto: Divulgação

O cãozinho Titã passou seu primeiro fim de semana fora da clínica onde está sendo tratado pela veterinária Viviane Cristina da Silva, após ser enterrado vivo no quintal do tutor em Novo Horizonte (399 km de SP) e passar 12 horas debaixo da terra.
O filhote de quatro meses, que apresenta sinais de melhora –está se alimentando e consegue andar um pouco–ficou neste sábado e domingo na casa da veterinária. “Ele dorme o dia inteiro”, conta Viviane. “Eu o acordo nas refeições, senão ele não levanta para comer sozinho.”
O mesmo procedimento é repetido para fazer com que o animal beba água e faça cocô.
Viviane, que mora com a mãe, tem animais –entre eles, cães–, mas eles não incomodaram o filhote. Titã, que ganhou esse nome ao ser resgatado, ficou em um espaço reservado.
Na segunda-feira, o filhote volta para a clínica com a veterinária, que o levou para casa no fim de semana para não deixá-lo sozinho e sem cuidados.
Estado grave
Quando foi encontrado, o filhote não tinha forças para se levantar e não se alimentava. O estado era grave.
Nos próximos dias, o cãozinho deverá ser submetido a um exame de vista e não é descartada uma cirurgia.
O cachorro também está com uma infecção na pele, que já existia antes dele ter sido enterrado e, como não foi tratado, piorou depois do ocorrido.
Titã, resgatado após ficar enterrado, é atendido por veterinária em Novo Horizonte, no interior de São Paulo. Foto: Divulgação

A pele do animal, que antes estava sempre molhada, já está seca e o pelo começa a ganhar brilho, disse Marco Antônio Rodrigues, presidente da Associação Mão Amiga, instituição que o resgatou.
Na manhã deste domingo, a veterinária colocou o animal para nadar e fazer xixi e ele também recebeu um pouquinho de sol. Segundo ela, o resultado do hemograma mostrou que a infecção diminuiu um pouco.
Resgate
Na terça-feira (6), a Associação Mão Amiga recebeu uma denúncia de maus-tratos e o vice-presidente da entidade, Alexandre Rodrigues, saiu para apurar.
Não encontrou nada, mas voltou na manhã seguinte à casa do suspeito.
Ele percebeu uma porção de terra remexida, resolveu entrar, e acabou desenterrando o filhote ainda vivo.
O cachorrinho estava quase sem pelos, desnutrido, e com ferimentos nos olhos.
De acordo com Marco, a associação registrou um termo circunstanciado na polícia, que vai investigar o caso e convocar o antigo dono do animal a prestar depoimento.
Fonte: Folha

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