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Penas, vento e vida

17 de fevereiro de 2017
1 min. de leitura
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Foto: uma águia pescadora (Osprey), registrada pelo meu amigo e grande artista das lentes, Cristian Dimitrius

Deixo a montanha solitária na altitude das nuvens para mergulhar no céu limpo que reflete o mar. Encolho as asas… O vento companheiro penteia minhas penas brilhantes durante a queda até que as árvores mais colossais possam sentir meu cheiro, para então abri-las novamente e subir magnânimo, na parábola perfeita da qual já somos íntimos, desde os primeiros voos… Uma térmica me faz subir de novo para, então, sem qualquer esforço, deslizar lento e suave pelo ar. Crio um círculo imaginário, vou rodopiando sem pressa enquanto observo os detalhes da natureza grandiosa que embeleza o chão e tudo mais que a minha vista aguçada é capaz de alcançar. Do pequeno roedor ao mais corpulento felino, da folha que se desprende do arbusto ao rio que leva a vida por onde passa. Não tenho fome ou sede agora… Apenas alegria por ser livre desde que nasci e saber que assim será até partir para meu voo final, um dia.

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