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O exemplo da “Samaritana”: Homenagem a todos os “Protetores de Animais”

7 de março de 2014
5 min. de leitura
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“A medida do amor é amar sem medida.” – Victor Hugo

“Quando se é capaz de lutar por animais, também se é capaz de lutar por crianças ou idosos. Não há bons ou maus combates, existe somente o horror ao sofrimento aplicado aos mais fracos, que não podem se defender.” – Brigitte Bardot.

Quanto se critica a atitude dos defensores dos animais. Quantos os acham “pessoas desocupadas”, “mal amadas” e mesmo “loucas” que deveriam estar cuidando de coisas mais importantes. Resumindo: “deveriam estar ajudando pessoas em vez dos animais”. Mas que grotesco engano…

Não é muito diferente que aquele que diz sobre os voluntários que ajudam os necessitados; “em vez de se preocupar com sua família, fica ajudando esses desocupados”, “deviam estar preocupados com seus filhos”, e assim fazem perniciosos comentários.

Quem é capaz de dizer que por “não ajudar o próximo” cuida melhor de sua família. Quantos desamparam seus familiares e nem por isso estão usando seu tempo na caridade, mas o usam em bebedeiras e farras. O mesmo se dá sobre os “protetores de animais”. Quem pode dizer que se eles não gastassem seu tempo com os animais seriam mais caridosos com os humanos. Quantos não se preocupam com os animais e nem por isso se preocupam em fazer caridade a seus semelhantes de espécie. Hipócritas que preferem perder seu tempo na frente da televisão a dar atenção aos próprios filhos, aos parentes necessitados, ou ao vizinho faminto. Toda forma de caridade é uma maneira de melhorar ao mundo em que vivemos.

 “ O verdadeiro homem de bem …… Encontra usa satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros., antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa. É bom, humano e benevolente para com todos (Os seres), sem distinção de raças nem de crenças, (Nem de espécie)  porque vê todos os (Seres) homens como irmãos.” –  O Evangelho Segundo o Espiritismo por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires – Entre parênteses minhas colocações.

Conto a historia de uma protetora, que muito me emocionou e serve de exemplo a todos nós. Um exemplo de caridade e bondade, que demonstra como o preconceito e o despeito de comentários especicistas são inválidos e descabidos.

Essa amiga querida, defende todos os animais, mas principalmente os cães, bois, cavalos e gatos. Passa a maior parte de seu tempo procurando maneiras de ajudar esses seres que não podem falar e argumentar em seu próprio beneficio. A melhor maneira de defende-los é usando a verdade, o esclarecimento e divulgação da pura realidade, que por si só já é triste o suficiente para causar indignação e mudanças de atitude.

Hoje não é sobre seu papel de protetora que iremos falar, mas sim seu papel de trabalhadora do Cristo, a verdadeira “Samaritana”.

Essa moça que a pouco passou da casa dos 30 anos, ia sozinha à feira e foi abordada por maltrapilha figura. Por si só essa situação causaria mal estar e medo a qualquer, um inclusive a um homem “grande” como eu. Mas essa linda moça além de vencer seu medo fez um ato de caridade dos mais incomuns e difíceis de se fazer hoje em dia; teve a paciência de ouvir seu semelhante.

A paciência em si já seria um ato de bondade meritório, pois quantos de nós conseguimos ouvir sobre as necessidades daqueles que nos são próximos, quanto mais de desconhecidos…

O pobre senhor pedia fraudas a sua neta que nascera prematura e estava no hospital. Nessa hora ela tomou a segunda atitude caridosa, acreditou no homem. Quantos de nós conseguem acreditar e mais que isso não prejulgar aqueles que nos cercam. Vencer o preconceito que vai se formando em nossas mentes por tantas vezes vermos atos e gestos de corrupção e bandidismo. Dar credito e confiar em seu semelhante, mais um gesto meritório de caridade.

Emocionada com o pedido do senhor, foi ao mercado para que ele escolhesse a fralda que necessitava. Terceiro ato de caridade; não impor sua opinião simplesmente por que estava ajudando. Deixou que ele escolhesse a melhor maneira de ser ajudado, não quis ajudar de seu jeito impondo sua autoridade financeira, ou ajudando de qualquer maneira.

Esperou uma fila longa para pagar a fralda, coisa que a maioria de nós não faz nem para comprar aquilo que nós mesmo necessitamos….quanto mais para fazer caridade. Mas para ter certeza que seu ato não seria corrompido, que se desse apenas o dinheiro esse se transformasse em bebida ou drogas, esperou na fila e presenteou o senhor com as fraldas.

Finalmente se informou sobre o estado da neta e se dispôs a ir visita-la, mas mais que isso, buscou auxilio de uma advogada amiga e garantiu que não lhe faltasse mais a fralda necessária.

Quantos de nós podem falar que agiram de maneira tão desprendida e caridosa, mesmo com nossos familiares e amigos… Poucos, eu mesmo não me destaco nesse grupo. Quando vejo alguém pedindo, não tenho paciência de ouvir e mesmo quando vou comprar algo que estou precisando e vejo uma fila muito longa, largo e deixo para comprar depois.

Assim não foi um padre, um pastor, um politico, ou um dirigente espirita que foi o semelhante daquele avô necessitado. Seu semelhante foi uma humilde defensora dos animais, que não vê só nos animais seu semelhante, mas em todos os seres vivos.

“Quando nós considerarmos os animais como irmãos, significa que nós consideramos a nós mesmos como irmãos, e já não haverá mais guerras, ninguém vai matar mais ninguém, não vai existir mais assaltos, não vai existir mais nenhum tipo de crime e significa que nós vamos estar preparados para entrar em um mundo de regeneração”   – Dr.Marcel Benedeti.

Homenagem de Ricardo Luiz Capuano e Amigos Espirituais à todos os amigos nossos e dos animais.

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