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População de Marília(SP) alega descaso da Prefeitura com leishmaniose

30 de agosto de 2015
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População diz que Prefeitura não toma atitude. Foto: Reprodução/TV TEM
População diz que Prefeitura não toma atitude. Foto: Reprodução/TV TEM

A leishmaniose é uma doença grave transmitida pelo mosquito palha que atinge animais e humanos e, geralmente, se prolifera em locais que não há limpeza adequada. A população de Marília (SP) diz que a prefeitura não tem feito nada para mudar os casos registrados na cidade, nem sequer os testes para a identificação da doença.
Uma moradora da zona norte da cidade, que não quis se identificar, contou que seus quatro cachorros morreram por causa da doença em menos de um mês. Ela tem outros cachorros em casa, inclusive um deles está com os sintomas da doença, mas não tem como fazer os exames. Para ela, a prefeitura deveria fornecer o material. “Eu tenho mais familiares na zona norte que têm animais. A minha família toda ama cacochorros e nós vamos perdê-los por um descaso?”, indaga.
Segundo o presidente da ONG de Defesa e Proteção dos Animais de Marília (DPAM), Fábio Cabral, a maioria dos cães que chega ao abrigo com suspeita da doença vem da zona norte. “É uma vergonha admitir, mas a prefeitura não tem o kit mesmo se tratando de uma doença tão grave para humanos e animais”, afirma Fábio.
Prevenção
A leishmaniose não tem cura. A saída é usar métodos para prevenir. “Uma das alternativas é colocar uma coleira no cachorro, porque ela é repelente e dura em média de quatro a cinco meses. Existe um medicamento para colocar na nuca que protege o animal durante um mês contra a picada do mosquito e há também vacina. Porém, é necessário fazer teste para constatar que o animal não tem a doença para começar a vacinação”, afirma a veterinária Daniela Máximo.
Em nota, Secretaria Municipal da Saúde, por meio do setor de Divisão de Zoonoses, esclareceu que desde março de 2012 o protocolo para diagnóstico da leishmaniose canina consiste na realização de triagem por teste rápido e confirmação por teste sorológico ELISA.
O teste rápido oferecido aos municípios com transmissão é produzido pelo laboratório Bio Manguinhos, que visa atender o território nacional. Porém, no momento, o Bio Manguinhos encontra-se com sua produção de testes comprometida e sem condições operacionais para atender à demanda. Além disso, os municípios não são autorizados a comprar esses testes de outras fontes, como vêm fazendo os profissionais da iniciativa privada, que se valem de testes de origem chinesa ou indiana.
Em relação aos registros na zona norte, a Secretaria informou que realizou a capacitação dos agentes de saúde, dos profissionais médicos e de enfermagem para a vigilância da doença em humanos, enquanto aguarda a regularização da produção de testes para que os inquéritos caninos sejam retomados. Até o momento, não há indicação de eutanásia de cães sem a confirmação por teste laboratorial e foi registrado apenas um caso de leishmaniose.
Fonte: G1.

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