EnglishEspañolPortuguês

Bebê orangotango traumatizada abraça a si mesma por medo e angústia

29 de janeiro de 2016
4 min. de leitura
A-
A+

Por Ameena Schelling/The Dodo (Tradução: Dhamirah Hashim/ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais)


Joss, um orangotango de cerca de 2 anos de idade, foi recentemente resgatada da vida como um animal doméstico exótico pela International Animal Rescue (IAR). E o passado dela a deixou absolutamente despedaçada.

“Ela tem uma expressão assombrada, com medo em seus olhos”, escreveu a IAR. “[Ela] está tão profundamente traumatizada pelo seu passado que tem desenvolvido uma série de comportamentos angustiantes para lidar com isso.”

Um vídeo mostra o quão psicologicamente danificada está a pequeno macaca. Ela se abraça apertadamente enquanto violentamente e voluntariamente se joga no chão. Ela se levanta de novo e de novo, se jogando no chão a cada vez.

Mas a parte mais triste é a forma como, ao longo de tudo, Joss mantém seus pequenos braços de bebê enrolados firmemente em torno de seu corpo – uma reação, diz a IAR, a perder sua mãe em uma idade tão jovem.

“Joss abraça-se constantemente porque ela sente falta do contato físico e conforto que ela ainda deveria estar recebendo de sua mãe,” Jaclyn Eng, uma veterinário com a IAR, disse em um comunicado. Como muitos animais “de estimação” exóticos, Joss provavelmente assistiu sua mãe ser morta para que o orangotango bebê pudesse ser vendido para o cativeiro.

“[Isso] mostra a realidade de partir o coração por trás de manter um orangotango como um animal doméstico,” escreveu a IAR. “Estamos sem palavras.”

De acordo com a IAR, Joss foi comprada por um homem em Bornéu por cerca de US$ 36. Ele disse à IAR que não sabia que manter orangotangos era ilegal e sentiu pena dela, e manteve-a em casa com sua esposa e filhos.

“Parece que Joss foi tratada como um brinquedo ou um ursinho de pelúcia pelas crianças”, disse a IAR. “Ela foi carregada por aí, abraçada e apertada, sem nenhuma compreensão do quão assustador e angustiante isso deve ter sido para ela.”

Quando ele percebeu que era ilegal, ele entregou Joss às ​​autoridades. Mas era tarde demais. “A vida de Joss até agora deve ter sido muito traumática e estressante para ela se comportar dessa maneira anormal,” disse Eng. Ela acrescentou que sua equipe nunca viu uma orangotango tão jovem exibir comportamento estereotipado tão grave – padrões anormais que os animais desenvolvem para lidar com o estresse do cativeiro.

“É extremamente angustiante de assistir porque deve refletir o trauma mental e emocional que a pequena Joss está sofrendo,” acrescentou.

O caso de Joss é incomum pois seu trauma psicológico é tão visível. Mas a tragédia de sua história não é nada original; a IAR regularmente resgata orangotangos bebês que carregam cicatrizes físicas e emocionais severas de seu tempo em cativeiro.

Mas por enquanto, a equipe da IAR está focada apenas em ajudar a pequena Joss, que começou a vida com tudo contra ela, a recuperar a vida que ela estava destinada a ter – embora eles ainda estão tentando descobrir a melhor maneira de interagir com o bebê machucado.

Gito, um jovem orangotango resgatado. Foto: International Animal Rescue
Gito, um jovem orangotango resgatado. Foto: International Animal Rescue

“No início, tentamos consolar e abraçá-la, mas ela estava obviamente tão estressada em seu novo ambiente que não quis que a tocássemos”, disse Eng. “Nós também tentamos a acalmar com um ursinho de pelúcia fofinho e gigante mas isso também não ajudou. Ela só ficava batendo sua pobre cabeça contra a parede.”

No entanto, a equipe reconhece que as feridas psicológicas podem ser mais difíceis de curar do que as físicas, e está determinada a fazer o seu melhor para guiar a pequena Joss através do longo processo de anos que levarão para ela curar.

“Nossa equipe está fazendo todo o possível para aliviar o sofrimento de Joss, ela requer supervisão e distração constante”, escreveu a IAR. “Só o tempo dirá se ela vai fazer uma recuperação completa de um início terrível na vida.”

*É permitida a reprodução total ou parcial desta matéria desde que citada a fonte ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais com o link. Assim você valoriza o trabalho da equipe ANDA formada por jornalistas e profissionais de diversas áreas engajados na causa animal e contribui para um mundo melhor e mais justo.

Você viu?

Ir para o topo