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Era uma vez uma história de lobos...

28 de agosto de 2016
6 min. de leitura
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Cintia
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(Foto/Divulgação)
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Uma mãezinha foi resgatada com o ventre recheado de lobinhos em Belo Horizonte (MG). Os protetores relataram que ela era a mais triste cadelinha que já se viu. Não olhava as pessoas nos olhos e, ao mesmo tempo, não tinha coragem pra fugir, como se tivesse condicionada a aceitar as pancadas da vida. Essa é uma história de lobos.

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Os filhotes nasceram amparados e protegidos em uma clínica veterinária, e a mãe, aos poucos, começou a entender que afeto faz bem e é necessário pra qualquer cãozinho ter uma vida equilibrada e feliz.

E, como se medo fosse característica genética, os pequenos seguiram os passos da mãe. De longe eles estudavam os protetores que os observavam, como se quisessem manter uma distância de segurança.

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Divulgação

Foi a mãe que tomou iniciativa, e se aproximou com cautela. Aos primeiros afagos, sentiu que poderia confiar naqueles humanos. Encorajados pela mãe, os filhotinhos, Billy, o malhadinho marrom, e Laila, a malhadinha de preto, também chegaram com cuidado.

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Não foi preciso muito tempo para que a Menina se rendesse à oferta de amizade dos protetores.

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Um cafuné atrás das orelhas foi o “start” que faltava. As referências que ela tinha na vida sobre os humanos não deveriam ser boas. Em casos assim, não se pode exigir nada além da passividade. Infelizmente, a cachorrinha não esboçou nenhum abano no rabinho.

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Mesmo assim, aquela mãezinha aceitava o carinho e amizade. Mas parecia saber que os protetores eram os portadores das “más notícias”. Ela olhava para aquelas pessoas como se perguntasse: “Vocês vão levar as crianças?”

A mãe pareceu sentir que a separação estava próxima. Os filhotes são bem bonitinhos e poderiam ser adotados rapidamente, mas a mãe, mesmo sendo pequena e muito bonita também, talvez passe o resto da vida em um canil.

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Ao fundo, um menino chamado Luck foi o único que não teve a coragem de se aproximar. Mantinha-se encolhido dentro da casinha, sem saber o que os protetores estavam fazendo ali.

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Os protetores foram ao encontro do cãozinho e mesmo com o carinho, os primeiros toques foram recebidos sem muita reação. Não era o que se podia esperar de filhotinhos de apenas 2 meses, mas era é o que a vida os ensinou. Eles nasceram amparados, dentro de uma clínica veterinária, mas o comportamento arredio lhes foi transmitido pela mãe.

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Apenas alguns minutos de insistência foram suficientes pra ele começar a se soltar. E logo, dedos viraram mordedores e o pequenino Luck se mostrou um lobinho esperto e disposto a entender melhor as regras da vida.

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Os dois irmãos maiores também entraram na brincadeira, deixando o pequenino Luck mais confiante.

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Em pouco tempo os filhotes já estavam à vontade com a presença daquelas pessoas estranhas. Deixaram a segurança da casinha pra se entregarem às brincadeiras do lado de fora. E assim foi possível conhecer melhor a personalidade de cada um deles.

Brincadeira de filhotes ão sempre uma grande festa, daquelas que não queremos que acabe.

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Os protetores notaram que as disputas pela liderança da matilha estão longe do fim. Nem mesmo o tamanho miúdo do cãozinho Luck o coloca em desvantagem.

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Já o cãozinho Billy, não é fácil e abusa da força, mas o mirradinho Luck não ficava pra trás.

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Ele se impõe, como um legítimo lobinho alfa disposto a ocupar o trono que foi de seu pai.

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Mas as coisas estão longe de uma definição. Eles serão adotados e, talvez sigam caminhos diferentes. Talvez não voltem a se encontrar, mas a esperança é de que cada um deles encontre um amigo na futura casa, e que sejam felizes.

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As lembranças das disputas pela posição de macho alfa ficarão no passado. A saudade que sentirão desse tempo ficará menor a cada dia, desde que os futuros tutores entendam o tamanho da responsabilidade que assumem, ao receberem um cãozinho em seu coração.

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A festa dos filhotes continuou por um bom tempo. Pareciam entender que precisavam deixar um bom material pra que os protetores pudessem contar a história daquela família.

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Enquanto isso, Menina, a mãe, permanecia deitada no portão, de longe, como se não quisesse atrapalhar a interação com os filhotes. Talvez ela soubesse o que os protetores estavam fazendo ali. E mesmo triste, ela sabia que seus filhotes precisavam ter uma vida diferente da dela.

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Os protetores se afastaram dos filhotinhos e foram ao encontro da mãe. E o último carinho foi nela, seguido de uma daquelas promessas que são feitas, sem saber se serão cumpridas.

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“Sinto muito, amiga. Prometo tentar mostrar essa sua angústia. Quem sabe alguém entende essas imagens e se oferece pra adotar você junto com todos os filhotes?” Se for com um só já será muito bom.

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Os interessados em adotar um dos cães, ou a família, que estão em Minas Gerais, devem entrar em contato com a Veterinária Alípio de Melo pelo telefone: (31) 3474.5044 ou pelo e-mail: [email protected]

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