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Academia do bem

28 de junho de 2010
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Esta manhã dediquei 2 horas do meu tempo prestando serviços a uma pracinha que fica próxima ao escritório. Enquanto tranquilamente ajudava a praça com meu trabalho recolhendo lixo, abaixei e levantei inúmeras vezes, respirei profundamente, carreguei sacos pesados, usei rastelo e enxadão, movimentei meu corpo físico, que produziu dopamina. Ocorreu-me então que nenhuma academia poderia oferecer-me sensação tão boa.

Lembrei-me das estatísticas que falam do grande número de crianças obesas, desmotivadas, e pensei que professores e pais poderiam levá-las a conhecer o bem-estar que traz trabalhar dessa forma. E, se derem continuidade ao trabalho, fazendo manutenção uma vez por semana, então não haverá tédio que resista.

Posso até ver: finda a etapa da manhã, não só cansados, mas apreciando os bons resultados do cansaço na praça transformada pelo amor e boa vontade, o apetite para o almoço será físico e até mesmo espiritual, e não apenas emocional.

Importante lembrar que o trabalho assim ofertado não espera recompensa e nem nutre expectativas de que ninguém mais jogará lixo. Isso seria ilusão. Melhor oferecê-lo para Deus, ou para o Universo, ou ainda para a Natureza – principal beneficiada, assim ele será sempre leve.

Nota: não é preciso ser criança para frequentar essa Academia do Bem; e nem esperar ser levado pelos pais ou professores. Eu mesma sou adulta – 65 anos – e fui sozinha, por livre e espontânea vontade.

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