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Crítico gastronômico caça e mata animais por hobby, no Reino Unido

27 de outubro de 2009
2 min. de leitura
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Por Vitor Marinho (da Redação)

AA Gil sentado em frente a um prato com cabeça de babuínoO crítico de restaurantes A.A. Gill disse ter matado um babuíno africano totalmente “não comestível” durante uma viagem à Tanzânia. O autonomeado árbitro da culinária britânica disse que foi movido pelo desejo de ser um “matador recreativo de primatas” durante o abate.

Douglas Batchelor, diretor-executivo da League Against Cruel Sports, disse: “Não há desculpa para atirar em espécies ameaçadas. A grande maioria das pessoas neste país acha que troféus de caça são absolutamente desprezíveis. Os babuínos podem não estar em perigo de extinção como os elefantes, mas isto não vem ao caso. Mesmo se o mundo fosse repleto desses animais, não cabe a um jornalista aprovar o seu abate”, acrescentou.

Em sua coluna no Sunday Times de ontem (25), Gill escreveu: “Sei perfeitamente bem que não há absolutamente nenhuma desculpa para isso. O Babuíno não é bom para comer, a menos que você seja um leopardo. O frágil argumento para eliminar e controlar (a população de animais) é o mesmo para (a caça às) raposas: um véu de perverso divertimento.”

O crítico gastronômico usa frequentemente a caça como tema em suas colunas. Em um artigo no ano passado, Gill descreveu em pormenor como ele e o chef de cozinha Marco Pierre White mataram um veado.

Explicando por que ele matou o babuíno, Gill disse: “Eu queria ter uma noção do que poderia ser matar alguém, um estranho. Você vê isso em todos esses filmes: armas e corpos, quase sem vacilo nem dúvida. Qual é a real sensação de atirar em alguém ou em um parente próximo? Mas, como tantas vezes acontece na vida, quando olhamos através da lente de aumento em profundidade, é o prosaico e o miserável que é refletido de volta. Ele parecia muito menor morto”.

filhote de babuíno caminha com a mãe na savana

Fonte: dailymail.co.uk

Nota da Redação: Não bastasse a morte de bilhões de animais para produzir carne, derivados e outras crueldades da gastronomia, que poderiam ser facilmente substituídos pelo gênio humano, ainda toleramos, enquanto sociedade e sem o menor critério de justiça animal, a matança de milhões de indivíduos apenas para o divertimento de pessoas coniventes com A.A. Gill. Não há distância entre a moral que permite produzir, torturar e matar animais aos bilhões, e a moral que tolera a exploração e maus-tratos de seres humanos para servir aos interesses de poucos.

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