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16 cientistas que já ganharam o Nobel pedem para que pesquisas com o uso de animais continuem

26 de maio de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nada menos que 16 prêmios Nobel, endossados por 149 organizações científicas, lutam contra uma iniciativa de um milhão de cidadãos.
O combate, que acontece na Comissão Europeia, refere-se à utilização de animais de laboratório em investigações científicas. O primeiro grupo defende o uso, já a frente popular pretende mudar a legislação na Europa para eliminar gradualmente os testes em animais, ou substituí-los por métodos menos agressivos.
Com a assinatura de um milhão de pessoas, em 26 países da Europa, a reinvindicação popular demorou cinco anos para entrar em debate, sendo apresentada em Março deste ano. A Comissão tem até junho para aceitar ou recusar a proposta.
Não é a primeira vez que uma proposta cidadã pretende mudar as regras de pesquisa científica na Europa. No ano passado, pretendiam eliminar os fundos europeus para investigação de células-mãe, mas a proposta foi rechaçada. Dessa vez, a pressão é maior para que os animais não seja utilizados em pesquisas.
A cientista Françoise Barre-Sinoussi, vencedora do Prêmio Nobel de Medicina em 2008 pela descoberta do vírus da Aids, irá ler a carta de defesa da direção europeia em uma audiência pública, em Bruxelas, na Bélgica.
Uma alternativa possível para a utilização de cobaias e outros animais em laboratório seria através do cultivo e utilização de células humanas. A descoberta de células estaminais – células mãe-, incluindo iPS, que podem ser reprogramadas e retornar a um estado primitivo, já permite que se crie uma placa de tecidos e órgãos sob medida para cada paciente.
Além de ser uma esperança para muitas doenças incuráveis, em um primeiro momento, as células iPS também permitiriam a reprodução de modelos de doenças, que serviriam como cobaias de inúmeras investigações. Dessa forma, a utilização de animais não seria mais necessária.
Fonte: Jornal Ciência

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