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ADI ajuda governo boliviano a encontrar novos lugares para animais de circo

26 de abril de 2010
3 min. de leitura
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Por Antoniana Ottoni  (da Redação)

Elefante explorado por circos. Cenas como esta não existirão mais na Bolívia a parti de julho próximo. Foto: sem crédito

A lei que proíbe o uso de animais em circos na Bolívia foi aprovada em 2008. De acordo com a legislação, a Bolívia se tornará livre de animais de circo em julho de 2010, e os circos não poderão mais apresentar animais nos espetáculos após esta data.                       

Após a aprovação da lei, houve um grande acordo de interesses e especulação a respeito sobre o que irá acontecer com os animais depois de julho. Infelizmente, uma reportagem não fundamentada da Associação de Mídia declarou, falsamente, que, como resultado da proibição, o futuro dos animais de circo da Bolívia estariam “no limbo”. A declaração não é apenas imprecisa, mas também sabota os esforços progressivos do governo boliviano que tem dado passos importantes tanto para banir a crueldade animal, quanto para assegurar que os animais sejam amparados como resultado da nova lei.

A Animal Defenders International (ADI)  está participando ativamente, apoiando as ações das autoridades bolivianas para garantir a implantação da lei. “Nós estamos completando um censo dos circos bolivianos para avaliar quantos circos com animais existem no país, fazendo um rascunho de propostas para serem discutidas com senadores e oficiais do governo, e estamos apoiando as autoridades com os arranjos necessários para as realocações, tanto nacionais como internacionais”, diz Helder Constantino, representante da ADI.

Como parte dos esforços, a ADI está removendo cinco leões e um babuíno que estavam sob o domínio de um circo, no ano passado. “Trabalhando junto com as autoridades ambientais da Bolívia, nós construímos uma estrutura para os animais de Cochabamba ficarem de quarentena, e agora os arranjos finais para realocar os leões para um santuário especializado nos Estados Unidos, e o babuíno para um santuário de primatas no Reino Unido. Os animais foram examinados e monitorados por serviços veterinários bolivianos, SENASAG, e um time de experientes cirurgiões veterinários. Todos os animais foram atestados com boa saúde”, informa Constantino.

Toda a comida, tratamento veterinário, estrutura para quarentena e trabalhadores que tomam conta dos animais estão sendo custeados pela ADI, até eles se mudarem para os Estados Unidos. A mudança para os Estados Unidos, a construção de uma nova e permanente estrutura no Performing Animal Welfare Society na Califórnia e todas as despesas com os cuidados destes animais serão pagos pela ONG, pelo resto de sua vida. A organização está recebendo doações especiais para o resgate desses animais. Arranjos similares têm sido feito para o Babuíno no Reino Unido.

Segundo informações da ADI, a ONG continuar aconselhando as autoridades sobre estratégias de realocação dos animais, e quando possível mediar contatos com santuários e outros grupos de proteção animal no mundo para providenciar suporte.

Uma reportagem recente da BBC diz que um refúgio de primatas dirigido pela ADI passa por algumas dificuldades com os seus animais. Segundo a direção da organização, a informação está incorreta, e que eles tem cuidado dos animais na própria estrutura de quarentena construída especialmente para eles desde que foram resgatados.


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