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Veterinária dá dicas de como evitar que animais domésticos fiquem gripados

24 de agosto de 2016
3 min. de leitura
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(Foto/Reprodução)
Divulgação

Os animais domésticos também ficam mais gripados no inverno e, por isso, os tutores devem ficar atentos aos sintomas das doenças respiratórias, que podem evoluir para uma pneumonia grave e levar à morte.

“Tanto os cães quanto os gatos estão mais predispostos a apresentar doenças respiratórias virais, especialmente os filhotes e, em alguns casos, podem ocorrer infecções bacterianas secundárias, com o desenvolvimento de pneumonia, que pode levar à morte”, afirma a professora Sílvia Regina Ricci Lucas, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP). Se o animal apresentar sintomas como tosses, espirros, febre, ausência de apetite e falta de disposição por mais de dois dias, os tutores devem levá-lo ao veterinário.

Os agentes causadores da gripe em cachorros e gatos são diferentes dos que atacam as pessoas. Nos cães, a infecção respiratória mais comum é a traqueobronquite (tosse dos canis ou gripe canina). Entre os agentes causadores estão o vírus parainfluenza e a bactéria Bordetella bronchiseptica. A veterinária Marcia Lembo afirma que a doença é transmitida com facilidade de focinho para focinho. “Se entre dez cães houver um com a tosse canina, os outros vão pegar”, diz. Por isso, Marcia orienta os tutores de cães a evitar passear em praças com aglomerações dos animais e nos horários mais movimentados.

Há outras doenças que comprometem as vias respiratórias dos cães como a cinomose (paramixovírus) e a hepatite infecciosa canina (adenovírus). “Além disso, os cães podem apresentar quadros respiratórios alérgicos que também se manifestam com tosse e, nessa época do ano, com a diminuição da umidade relativa do ar, tornam-se mais suscetíveis a complicações como pneumonias”, afirma Sílvia Ricci.

Marcia afirma que os gatos normalmente têm rinotraqueíte. “Estando o animal vacinado, a recomendação é evitar corrente de ar, choque térmico na saída do banho, por exemplo”, diz. A doença pode apresentar sintomas leves até quadros mais graves. “Os quadros mais graves podem ainda ser complicados pela infecção concomitante com outros vírus como o da leucemia felina e o da imunodeficiência felina (duas viroses que levam a quadros de imunodeficiência adquirida)”, diz Sílvia Ricci.

Para tratar a gripe podem ser indicados simplesmente repouso acompanhado da ingestão de vitaminas, antibióticos e até uma internação.

Veja como prevenir as doenças respiratórias dos animais:
Sintomas
Tosse, espirros, secreção nasal e ocular que varia de serosa (aquosa) a mucopurulenta (espessa, amarelada), olhos avermelhados, diminuição do apetite, febre e prostração.

Prevenção:
– Deixar os animais, principalmente os cães de grande porte, em locais protegidos nos dias mais frios, especialmente durante a noite;
– Vacinação com acompanhamento profissional, para que o veterinário avalie a necessidade das vacinas e o intervalo entre as aplicações;
– Utensílios como comedouros e bebedouros devem ser individuais;
– Lavar as mãos após o trato de cada animal;
– Banhos apenas quando necessário (nos horários mais quentes do dia, com água morna e secagem com secador);
– Em canis e gatis, animais com secreções oculares, nasais e espirros devem ser isolados dos sadios e tratados até sua completa recuperação.

Fonte: Pet Rede

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