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Nova investigação revela maus-tratos a porcos em fazendas alemãs

23 de agosto de 2014
3 min. de leitura
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Por Loren Claire Boppré Canales (da Redação)

Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal

A ONG internacional Igualdade Animal (Igualdad Animal) divulgou no início do mês as descobertas de sua nova investigação realizada em granjas de porcos na Alemanha. As fazendas investigadas têm o selo de qualidade Gutfeisch, da conhecida rede alemã de supermercados Edeka. O selo ganhou vários prêmios e utiliza na publicidade que faz de seus produtos palavras como transparência, local de origem, assim como altos níveis de bem-estar, qualidade e higiene que é suposto ser assegurado para a saúde dos animais.

Investigación de Igualdad Animal en granjas de cerdos de Alemania from IgualdadAnimal | AnimalEquality on Vimeo.

Os investigadores da ONG documentaram cinco estabelecimentos situados no estado Schleswig Holstein, ao norte da Alemanha. Algumas das principais descobertas da investigação foram:

– Animais com feridas abertas sem nenhum tipo de tratamento veterinário;

– Canibalismo (devido à enorme falta de espaço, o excesso de estresse e talvez também causado por outros fatores): rabos e orelhas mordidas com sangramento e em algumas partes também com feridas necrosadas;

– Animais com prolapsos retais extremos, com os intestinos sobressaindo através das feridas;

– Animais com enormes dificuldades respiratórias, amontoados em espaços pequenos com ventilação inadequada;

– Porcas em pequenas jaulas de gestação;

– Animais com diferentes lesões devido ao confinamento: Feridas nos ouvidos, nas extremidades, hematomas sem tratamento.

– Importantes deficiências higiênico-sanitárias: Muita sujeira nas instalações, sem água potável para os animais;

– Ataques entre animais devido ao confinamento.

O material adicional registrado pelas câmeras ocultas da ONG alemã “Animal Rights Wacth” mostra a marcação sistemática dos leitões em duas das maiores explorações que abastecem a marca “Gutfleisch”. Uma delas conta com um espaço para abrigar no máximo 62.000 porcos.

“As granjas investigadas foram escolhidas aleatoriamente pela ONG Igualdade Animal. As condições em que se encontram os animais são inaceitáveis e não são casos isolados. Os animais são submetidos a um sofrimento indescritível. Estamos fazendo um apelo a rede de supermercados Edeka para que deixe de usar a marca Gutfleisch e aumente a sua oferta de produtos vegetais para oferecer aos consumidores opções que realmente respeitem os animais”, afirmou Hendrik Hassel, porta-voz da organização na Alemanha.

Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal
Foto: Igualdade Animal

Segundo o site, em cada investigação que realizam nas indústrias de exploração animal sempre observam que os maus-tratos e a brutalidade contra os animais é a norma. Não é de se estranhar que para estas indústrias os animais sejam simples mercadorias utilizadas para obter o máximo benefício econômico.

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