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Campanha na Internet faz apelo contra a matança de botos na Amazônia

23 de julho de 2014
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Há quase dez anos a matança de botos tucuxi e vermelho tem sido evidenciada por A Crítica alertando, por meio de denúncias de protetores do mamífero, a redução drástica da espécie, que pode ser extinta em poucos anos. Mais uma vez, a matança dos botos chamou atenção do País, ao aparecer no noticiário nacional, e provou que o problema chegou ao limite, segundo afirmou a chefe do Laboratório de Mamíferos Aquáticos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Vera da Silva.

Anualmente, 2,5 mil botos são mortos em municípios do Amazonas e Estados vizinhos para servir de isca na pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), peixe também conhecido no Estado como urubu d’água. A piracatinga é carniceira e é atraída, principalmente, pelo cheiro da carne de boto.

Além de matar e usar os botos como isca, os pescadores enganam os consumidores vendendo a piracatinga com o nome de “douradinha”, muito comum nas feiras e mercado de Manaus.

Para tentar combater a caça e matança dos botos, o Inpa e a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) lançaram, no domingo, a campanha Alerta Vermelho, na Internet. A campanha tem apoio do Ministério Público Federal e pessoas de todos os países podem ajudar na proteção do mamífero assinando uma petição, no site no site www.alertavermelho.org.br ou doando R$ 100 para a campanha.

O documento tem o intuito de antecipar a suspensão da pesca da piracatinga por cinco anos, na região Amazônica. Na última sexta-feira, uma moratória foi publicada em uma edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) estabelecendo que, a partir de 1º de janeiro, a pesca e o comércio da piracatinga ficarão proibidos no País. As instituições de proteção aos botos querem antecipar a proibição, visto que, até 2015, mais de mil botos podem ser mortos.

De acordo com a Ampa, há registros que até 20 botos são mortos em uma única expedição de caça. O problema é grave, conforme a Ampa, uma vez, que o consumo da piracatinga tem aumentado não apenas no Brasil, mas também na Colômbia, que faz fronteira com o Amazonas, em Tabatinga, a 1.105 quilômetros de Manaus.

Fonte: A Crítica

 

 

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