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Morre mais um animal no zoo de Goiânia (GO)

23 de julho de 2009
2 min. de leitura
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Mais um animal morreu no Parque Zoológico de Goiânia, ontem (22). Desta vez foi um porco-do-mato, mais conhecido como Queixada. A diretoria do parque apresentou à polícia e ao Ibama como causa da morte uma bola de pêlos no estômago do animal, que segundo veterinários, teria causado uma hemorragia interna. Para o delegado Luziano Severino de Carvalho, titular da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), a morte poderia ter sido evitada se exames de rotina fossem realizados periodicamente. “Apenas alimentar os animais não significa qualidade de saúde, é preciso diagnosticar e tratar doenças”, explicou. Com isso chega a oito o número de mortes de animais no zoológico neste ano.

O delegado instaurou um inquérito na última terça-feira para investigar as mortes ocorridas este ano, além da suspeita de maus-tratos e outras possíveis irregularidades no zoo. A morte de mais um animal reforça a hipótese levantada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e pela polícia ambiental de negligência e maus-tratos ao plantel do parque. Equipes do Ibama e da Dema acompanharam os exames cadavéricos do bicho, que ainda não tinha passado por diagnósticos de controle. “A direção do zoológico disse que o bicho estava normal, e que não tinha apresentado nenhuma anomalia clínica”, contou o delegado, que aponta falhas no acompanhamento médico dos animais.

“Animais são como seres humanos, precisam de cuidados e de boa alimentação”, ressalta Luziano. Para ele, o simples fato de alimentar ‘bem’ o plantel não garante vida útil e saudável, é preciso avaliar também as condições de alojamento, qualidade da água e, principalmente, acompanhamento médico-veterinário. Para obter estas respostas, o delegado encaminhou ontem ofícios à Saneago para realização de estudos da qualidade da água de todos os lagos; à Polícia Técnico-Científica, solicitando resultados de necropsias e ao Ibama, sobre informações de entrada e saída dos animais no zoo.

“Ainda é cedo para afirmar negligência, mas há indícios que apontam para tal”, explicou o delegado.

Fonte: Hoje Notícia

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