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Construtor civil é condenado à prisão por enterrar cadela viva em Portugal

23 de abril de 2017
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Foto: Reprodução, Zap

O Tribunal de Grândola, localizado em Portugal, condenou um construtor civil a uma pena de prisão suspensa de um ano e quatro meses pelo crime de maus-tratos a animais domésticos, após evidências mostrarem que o homem enterrou uma cadela doente e ainda viva.

O homem condenado, Edmundo Ferreira, nega as acusações e diz que vai recorrer da sentença, em declarações ao jornal Público.

A cadela husky tinha uma doença parasitária, conhecida como dirofilariose ou “verme do coração”, em que larvas de mosquitos se instalam nas artérias pulmonares e no coração, conforme explica o diário.

Ela foi encontrada enterrada, ainda viva, na parte de trás do restaurante Barco do Sado, na localidade da Carrasqueira, em Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal, pela fundadora da associação local Focinhos, Teresa Campos, após um relato informar que um animal uivava há vários dias.

“O animal estava prostrado sem conseguir mover-se em estado caquéctico de magreza extrema, em delírio e hipotérmico” por causa do frio e da chuva e, como tinham “escavado uma pequena cova e colocado lá dentro o animal com vida”, diz a reportagem do Público. Segundo o jornal, a cachorra mal conseguia mover a cabeça.

“Para que o corpo ficasse preso [o criminoso] colocou-lhe [em cima] uma grelha em ferro e um bloco de cimento”, acrescenta o veículo.

Segundo a juíza Teresa Campos, a cachorra “uivava de dor e aflição” e teve de ser tosada por causa dos parasitas externos.

Não se sabe quantos dias ela ficou enterrada, sem comida e sem água e – como estava em estado tão débil e com danos neurológicos irreversíveis – foi morta duas semanas mais tarde depois de ser internada num hospital veterinário.

A sentença ainda nota que seu tutor “não demonstrou qualquer preocupação” com o seu estado.

“Ao invés de lhe proporcionar cuidados de saúde e nutrição, tratou-o cruelmente com o claro propósito de lhe causar lesões, dor e sofrimento ao privá-la totalmente da possibilidade de se mover, de alimento, água e cuidados médicos”, conclui a sentença.

O construtor civil negou o crime. O homem também foi condenado a pagar a conta do hospital veterinário e a doar 250 euros à Focinhos, além de ter sido proibido de ter animais durante três anos. Ele também mantém outro cão e um gato em sua residência.

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Fonte: Zap

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