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Cerca de 50 cabras são mortas a tiros por ordem do governo de Ibiza

23 de fevereiro de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Shaggy Ibiza
Foto: Shaggy Ibiza

O governo regional do arquipélago dos Baleares está sendo alvo de fortes críticas após ter enviado caçadores para Es Vedrà, na costa de Ibiza, para matar a tiros cerca de cinquenta cabras que eram consideradas uma ameaça para a flora da pequena ilha.

O incidente, que aconteceu no início do mês, chamou a atenção do PACMA, partido animalista que atua no arquipélago, e milhares de pessoas assinaram uma petição pedindo pela renúncia de Miquel Vericad, Ministro do Meio Ambiente de Ibiza, e de Caterina Amengual, que é chefe do Departamento de Reservas Naturais.

Segundo relatos do partido, os caçadores passaram seis horas matando as cabras uma por uma, atirando nelas a uma distância muito próxima. Alguns animais foram deixados agonizado com ferimentos de bala. As informações são do Spanish Today.

De acordo com o catálogo botânico oficial da pitoresca ilha, Es Vedrà é lar de mais de 166 espécies de plantas, incluindo doze que são endêmicas e estão em perigo de extinção devido ao fato da população de cabras se alimentar das mesmas. Os animais, por outro lado, não são nativos da ilha, e foram introduzidos em algum momento do século XX, por ação humana.

Segundo a reportagem, houve uma época em que a população de cabras atingiu mais de 100 indivíduos, mas o total costumava oscilar por causa de uma doença chamada sarna sarcótica, que acometia os animais e reduzia os seus números. Em 1992, alguns moradores decidiram introduzir mais doze indivíduos para assegurar a sobrevivência da espécie no local. A ação foi tomada pois existe a tradição de se matar cabras na ilha no sábado de Páscoa, e comê-las em um almoço comunitário no dia seguinte.

No entanto, apesar de terem sido levadas e mantidas no local por intervenção de humanos – que visavam os próprios interesses, incluindo consumir os animais – pouco tempo depois as cabras passaram a ser vistas como espécie animal “invasiva” na ilha, sendo acusadas de comer pinheiros e outras plantas selvagens e nativas.

O governo defende a decisão de matar os animais, afirmando que eles não passam por exames veterinários e que, se forem removidos da ilha “vivos”, seria necessário colocá-los em quarentena. Além disso, as autoridades alegam que é trabalhoso tirar os animais da ilha devido ao terreno rochoso, que torna difícil o transporte na região.

Com esta ação arbitrária e desumana, o governo despertou a indignação dos moradores. No dia 9, 500 pessoas se reuniram na ilha, em uma manifestação contra a matança dos animais.

Assine a petição que será enviada ao governo em manifestação de repúdio ao massacre das cabras na ilha.

 

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