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Cão morre desidratado após ser esquecido em estufa de pet shop

22 de julho de 2014
3 min. de leitura
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Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Um caso chamou atenção na última semana, não apenas protetores de animais, como também de toda a comunidade. Segundo um boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil de Passo Fundo, um cão da raça Golden teria morrido desidratado depois de ter sido esquecido na estufa de um pet shop. A denúncia foi registrada na Delegacia de Pronto Atendimento da Policia Civil pelo tutor do cão, morador do bairro São José. Ele contou em depoimento que, por volta das 9h de quarta-feira (16), deixou o cão em um pet shop, localizado no próprio bairro onde mora, para o banho. Às 14h35m foi avisado pelo veterinário do estabelecimento que o animal havia passado mal e estava em atendimento no hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo. Mais tarde, foi avisado de que seu cão havia morrido possivelmente em decorrência de desidratação.

Nas redes sociais o caso tomou proporção e causou comoção à população. Em um dos depoimentos, o tutor do cãozinho disse que ao chegar no Hospital Veterinário deparou-se com o cão em estado crítico, desidratado e e com alguns de seus órgãos já paralisados. “Tudo indica que o excesso de calor provocou os sintomas, pois ele foi praticamente esquecido dentro da estufa de secagem, que foi improvisada como gaiola. Estava internado no CTI e o estado era grave. Ao chegar perto dele podíamos ver nos seus olhos o pedido de socorro, e a tentativa de ‘dar a pata’ como ele havia aprendido, partindo nossos corações em 20 pedaços”, compartilhou o tutor. Segundo seu desabafo, Bruce, como era chamado, foi vítima de maus-tratos, pois era um animal saudável e bem tratado. “Estamos correndo atrás e tomando as providencias judiciais necessárias, isso não trará nosso filhotão de volta, mas vamos tentar evitar que isso se repita com outros animais indefesos”, comentou ainda.

Projeto de Lei a favor dos animais tramita na Câmara

Um projeto de Lei do Vereador Isamar Oliveira tramita na Câmara Municipal de Vereadores desde maio deste ano. Segundo informações do Vereador, o projeto de Lei vai evitar o conflito entre tutores de animais e os pet shops, além credibilizar o estabelecimento e dar transparência ao mesmo. O atual projeto de Lei, tramita pelas comissões e atualmente se encontra na COT (Comissão de Orçamento e Tomada de Contas) da Câmara.

O projeto de Lei apresenta em seu Artigo 2º, que o Banho e a Tosa somente poderão ser realizadas em estabelecimentos comerciais e locais que possibilitem aos clientes e visitantes a visão ampla dos serviços. Ainda, o Artigo 3º, diz que no prazo de seis meses, a contar da publicação da Lei todos os estabelecimentos comerciais que prestem os serviços de Banho e Tosa em animais domésticos de pequeno porte, deverão instalar sistema de câmeras de monitoramento e filmagem dos serviços prestados e que permitam o acompanhamento pelos clientes através da internet. As imagens também poderão ser disponibilizadas aos tutores, dentro de um prazo de sete dias e mediante solicitação por escrito.

Segundo o Vereador, o custo desses equipamentos, no caso de monitoramento, é razoável e que está ao alcance dos proprietários dos estabelecimentos. Ele ressalta ainda que assim que a Lei for aprovada, o estabelecimento que não cumprir as normas estabelecidas, sofrerá inicialmente uma advertência com prazo de 30 dias para regularização e posterior à isso, multa em dois momentos da autuação, além da suspensão do alvará de licença de funcionamento por tempo indeterminado, até regularização de acordo com as normas vigentes. Oliveira pede ainda que os tutores de animais se mobilizem para que a Lei que protegerá os animais passo-fundenses seja aprovada.

Fonte: Diário da Manhã

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