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Multado por manter 121 galos usados em rinhas, homem alega amor por eles

22 de maio de 2015
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Foto: Sergio Oliveira / EPTV
Foto: Sergio Oliveira / EPTV

Um criador foi multado em R$ 363 mil por suspeita de promover brigas de galo dentro da casa onde mora, no Centro de Fernando Prestes (SP). O local foi descoberto pela Polícia Ambiental na tarde desta terça-feira (19), após denúncias anônimas. O suspeito negou as acusações. “Eu tenho muito amor neles e nas galinhas. Eu não sacrifico, eu não mato nem para comer”, disse.
O policial ambiental Claudemir Tadeu Moura explicou que os 121 animais apreendidos não apresentavam ferimentos e nem sinais de maus-tratos. Entretanto, dentro da casa foram achadas 58 esporas de plástico e 21 biqueiras de aço, que supostamente seriam presas nas aves durante os confrontos.
Além disso, os policiais também encontraram medicamentos que seriam injetados nos galos tanto para estimular a agressividade, quanto para tratar os ferimentos após as brigas. “Constatamos que havia uma arena, que é utilizada para rinhas de galo. Realmente, ficou constatado que ele promove a briga entre os animais”, disse Moura.
A rinha a que o policial se refere foi montada em uma área de churrasqueira. O balcão foi transformado em arena, enquanto as paredes e o chão foram forrados com espumas e colchões. Apesar de todas as penas espalhadas, porém, os policiais não encontraram vestígios de sangue.
“O crime de maus-tratos não foi configurado porque todos os animais estão alimentados com água, local adequado, sem nenhum ferimento”, explicou Moura, destacando que o proprietário do local foi autuado administrativamente e responderá pelo crime ambiental. A Polícia Civil em Taquaritinga (SP) investigará o caso.
Por falta de espaço adequado, os galos não foram retirados da casa, mas ficaram sob a responsabilidade da Polícia Civil.
Criador, apenas
O criador Benedito Mendes Nardo negou promover brigas de galo no local. Segundo ele, a suposta arena encontrada pela Polícia Ambiental é utilizada para exercitar as aves, já que passam a maior parte do dia em gaiolas de madeira.
“Eu faço exercício neles todos os dias. Como eu não tenho lugar em que eles podem ficar soltos, se eles ficarem só naquela gaiolinha fechada, eles vão ficar travados. Então, eu pego dez em um dia, faço eles esvoaçar (sic), dou um banho, ponho no sol”, afirmou.
Nardo confirmou, porém, que já utilizou o local como rinha há cerca de sete anos, mas acabou sendo autuado pela Polícia Civil. “Essas esporas, eu tinha quando eu tentei abrir uma rinha aqui. Elas estavam dentro do meu quarto, numa gaveta que ninguém usa, empacotado. Mas eu já respondi, paguei cesta básica. Eu sou só criador de galo”, disse.
Fonte: G1

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