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E as fraldas descartáveis?

22 de fevereiro de 2016
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É claro que são convenientes pelo ponto de vista ocidental, de dar menos trabalho e serem “descartáveis”. Mas sabemos que lixo como plástico e compostos sintéticos não são bio-degradáveis e perduram por décadas ou centenas de anos (no caso das fraldas até 500 anos) no meio ambiente, assim como toxinas, gasto de recursos naturais em sua produção, entre outras questões que não são pertinentes a este livro, pois lida com saúde da criança, mas extremamente pertinentes a todos os pais que devem se preocupar com o meio ambiente até mesmo para o futuro do seu bebê, já que mesmo que essas fraldas sejam enterradas em aterros, sua toxicidade vai se espalhar pelo solo, água e ar e retornar a um ciclo sem fim de contaminação a tudo que vive.
Muitas dessas fraldas são feitas de polietileno, tem “fragrâncias” sintéticas que dão odor agradável e corantes que colorem as fraldas, são derivados do petróleo e outras fontes químicas sintéticas, contendo obviamente, dioxinas e compostos similares. Só no Brasil, são descartadas 17.625.600 fraldas por dia, sendo aproximadamente 6 bilhões e meio ao ano sendo jogadas fora, indo parar em aterros, então gera uma questão de saúde pública na produção e disseminação destas toxinas ambientais que vão obviamente alcançar os lençóis freáticos, assim como na contaminação direta da criança devido ao contato com a fralda.
Estas fraldas descartáveis são branqueadas com cloro e possuem um gel absorvente (SAP – Poliacrilado de Sódio), resultando na formação de dioxinas que contaminam o meio ambiente e as fraldas, e consequentemente a criança. E como previamente mencionado, tais toxinas são relacionadas a reações cutâneas, alteração do funcionamento hepático, prejudicam o funcionamento do sistema imune, nervoso, endócrino e reprodutor. A maioria dos pais não compreende que estas fraldas, em contato diário e frequente por anos com os órgãos reprodutores de seu bebê, podem surtir efeitos nocivos e de duração a longo prazo, como erupções cutâneas, alergias e asma, infertilidade masculina, hepatopatias, câncer testicular etc.
Além dos compostos tóxicos, a temperatura do escroto é elevada em até 1ºC para crianças que usam fraldas descartáveis, comparado a crianças com fraldas de pano. A hipotermia do escroto é essencial para sua saúde. Todos estes fatores, de acordo com as pesquisas podem prejudicar na maturação testicular e na espermatogênese na fase adulta e ainda facilitar o desenvolvimento de câncer nos testículos e prejudicar a qualidade do esperma. Tornando as fraldas descartáveis com certeza, um fator contribuinte ao aumento da infertilidade nas últimas décadas.
Tirando obviamente a questão econômica, que para os pais, fraldas de pano podem consumir talvez mais tempo, mas economizam consideravelmente o orçamento.

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