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Cavalo é atropelado e motorista não presta socorro, no PR

16 de setembro de 2011
2 min. de leitura
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Fair Soares
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Foto: Divulgação

Dia 09 de setembro, às 19h30 fui atropelado por um carro. Estava caído no chão quando o  omotorista desceu de seu carro, juntou a sinaleira que havia  perdido com a pancada. Voltou para o  carro  e foi embora, sem olhar para trás. Fiquei ali!

Eu nunca faria uma coisa destas, deixar alguém  com dor e ferido jogado na rua. Que gente desumana os humanos! Nós cavalos somos diferentes, trabalhamos e até morremos por nossos tutores. Felizmente,  logo depois passaram  umas pessoas da Chicote Nunca Mais (esse som é melodia para os nossos ouvidos). Ficaram ali brigando e me defendendo, chamaram a polícia, telefonavam para muita gente.

Uma moça de “olhos da cor do céu” me deu um injeção para dor. Ufa! Que alívio! Pata quebrada dói muito. Ela o marido  alguns  guardas ficaram ali me cuidando  até a meia noite, hora que chegou o caminhão da Prefeitura de Gravataí. ]

Disseram que a demora foi  porque haviam  perdido a chave do caminhão. Veio também um  tal  matador de cavalos. Ouvi dizer que  é veterinário. Já imaginaram, agora eu estaria morto. Igual a  outro amigo que ele matou dois dias antes com um problema igual ao meu. Imagine que o outro  estava em pé.

Dia 09 de setembro é o  “Dia do Médico Veterinário”  me contaram que na formatura os médicos juram salvar vidas. Acho que esse esqueceu de jurar.  Quando cheguei no “paraíso dos cavalos” a moça de “olhos da cor do céu” me deu água e comida. Comida é coisa boa!  Comi muito.

Ela conversava comigo, fazia curativos, só bem depois que descobri que não é veterinária. Engraçado… Não seria o matador que deveria ter feito isso?! A moça falava  muito no telefone com uma outra que tira o chicote dos carroceiros. Acho que estou no paraiso, se não for…  deve ser o INSS dos cavalos,   porque eles aposentam a gente aqui neste lugar.

Existem  outros amigos quebrados e , comigo já são dez . Me falaram que aqui  é  a sede da “Turma do Bem”. Arrumam padrinhos  e lares para cavalos machucados como nós, depois que estamos fortes e recuperados, é claro! Não maltratam e nem nos colocam em carroças. É vida mansa mesmo! 

Tem  uma corrente do  “Bem” que não rebenta nunca. Acho que a moça dos “olhos da cor do Céu”  tem também o  “Céu no coração”.  Corre um boato  que tem muito mais gente nesta corrente. Aqui, me deram  o nome de Estrada e eu adorei. Sou um novo cavalo.

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