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Homem vive em uma gaiola por 30 dias para defender as galinhas

25 de abril de 2011
3 min. de leitura
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Por Vanessa Perez  (da Redação)

Foto: Reprodução/CALM Action

Um homem da Nova Zelândia vai passar o mês de abril confinado em uma pequena gaiola medindo em média 3 metros de comprimento por 2 metros de altura. Ele vai se sentar em um balde para sua higiene pessoal e não vai sair ao menos que surja uma emergência.

Segundo informações da Animals Change, Carl Scott está protestando contra uma proposta apresentada pelo “Comitê do Governo Nacional do Bem Estar Animal “, que exigiria que os agricultores aumentassem as gaiolas de bateria em alguns centímetros por ave. As gaiolas novas, chamadas gaiolas “enriquecidas”, foram proibidas em partes da Europa depois de terem sido consideradas cruéis.

Scott estrategicamente configurou sua jaula próximo a um dos maiores produtores de ovos na Nova Zelândia e junto a uma estrada movimentada. Ele planeja falar sobre as gaiolas para todos que passarem, escrever artigos e atualizações posteriores em uma página de Facebook que ele criou para agitar a consciência. Um vizinho que o apoia permitiu que Scott use sua eletricidade através de um cabo de extensão.

Scott diz que cinco ou seis outras pessoas teriam que se juntar a ele na gaiola para que, corretamente, se assemelhem a disponibilidade de espaço que cada galinha recebe. Ele também diz que seu mês na gaiola não chega nem perto da experiência miserável que as galinhas passam por sua vida inteira.

Scott não é o único irritado com a proposta; SAFE, a Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra os Animais (SPCA), da Nova Zelândia, e o Partido Verde ficaram igualmente indignados com a medida e estão lutando por uma proibição total de todas as gaiolas de galinhas.

O diretor da campanha SAFE, Eliot Pryor, disse que “gaiolas novas nada mais são que gaiolas modificados de bateria e não estão nem perto de fornecer o que as galinhas merecem como um mínimo de necessidade de bem-estar.” SAFE realizou vários protestos contra as gaiolas de bateria.

A Chefe do Executiva da SPCA, Robyn Kippenberger, concorda e diz que as novas gaiolas são totalmente inaceitáveis – assim como é inaceitável a criação de galinhas “poedeiras” para o consumo humano.

O Partido Verde também se pronunciou contra as novas jaulas. Sue Kedgley, do Partido Verde, explica como as galinhas que estão fechadas em jaulas muitas vezes sofrem danos a sua pele e pés, fraqueza muscular e osteoporose. Além disso, galinhas em gaiolas não podem levantar-se, esticar suas asas, ou exibir comportamentos naturais.

Scott, que é vegano, quer que as pessoas não comam ovos, mas ficará feliz se todas as 3 milhões de galinhas na Nova Zelândia vivessem ao ar livre. Grupos de proteção animal e Scott querem ver uma proibição total de sistemas de gaiolas e não vão parar de lutar até que as galinhas sejam libertadas.

A comissão está aceitando a opinião pública da proposta até 29 de abril.

Clique aqui para dizer à Comissão Nacional dos Direitos dos Animais e ao Ministro da Agricultura que gaiolas enriquecidas são meramente outra versão das gaiolas de bateria e não são aceitáveis. Peça-lhes para acabar com todos os tipos de gaiolas e para deixar as galinhas viverem em liberdade.

Nota da Redação: O veganismo é a única prática que respeita verdadeiramente os direitos animais.  Devemos compreender que a indústria de ovos é uma indústria absolutamente cruel, que submete os animais a condições alheias à sua natureza, causando-lhes distúrbios e sofrimentos irreversíveis. Saiba mais sobre esta indústria clicando aqui.

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