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Circo que explorava animais é fechado depois de exigência da população

2 de outubro de 2010
3 min. de leitura
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Por Danielle Bohnen (da Redação – Argentina)

Depois de uma denúncia e de reclamações de ativistas, inspetores da Prefeitura de Esteban Echeverria, Buenos Aires, Argentina, deram procedimento ao fechamento do circo Houdini, acampado em Monte Grande.

Nas últimas semanas, uma grande quantidade de relatórios chegou pelo site www.circos.org, mantido pela ONG AnimaNaturalis, para defender os direitos dos animais explorados em circos e tornar possíveis as ações necessárias. Isso permitiu que viesse a público que o Circo Houdini, instalado em Monte Grande, na Grande Buenos Aires, estava novamente se apresentando com animais.

Graças à coordenação e apoio dos ativistas da região, foram apresentadas solicitações ao prefeito e denúncias correspondentes junto à polícia de Monte Grande e à Justiça de Lomas de Zamora.

“Estamos atrás deste circo há muitos anos, que é o que mantém os animais em piores condições. Por isso, há uma denúncia penal e uma campanha nacional por email contra suas atividades”, mencionou o coordenador de Circos, Eduardo Murphy. “É um circo que tem muitas denúncias, onde quer que vá, surge uma, como em Mar de Ajo e em La Plata, onde a guarda municipal apreendeu um leão, porque se encontrava em mau estado, sem os cuidados necessários e com a saúde precária”, acrescentou.

Segunda a AnimaNaturalis, uma vez mais, a capacidade de diálogo dos circenses que usam animais é limitada. Na semana passada a organização recebeu emails de denúncias sobre veículos pertencentes ao circo estacionados em frente às casas dos ativistas, como tentativa de intimidação, também agrediram verbalmente o apresentador do programa Alerta Verde, do canal C5N, quando estiveram no local para cobrir o caso.

Segundo o portal Diário Urbano de Echeverria, entre as dezenas de denúncias e reclamações enviadas de Córdoba, Santa Fé, Mendoza, San Juan, Grande Buenos Aires e até da Espanha, foi exigido que se cumpra a medida de fechamento e que o Executivo tome o controle da situação.

O circo funcionava sem habilitação e, como de costume nessas atividades, os animais estavam em péssimas condições, vivendo em pequenas jaulas, com sérios sinais de desnutrição, deitados em suas próprias fezes, sofrendo de doenças causadas pelo estresse de viverem confinados em cativeiro.

“Estamos muito felizes com as conquistas que tivemos durante este ano a favor dos animais que são explorados nos circos. Os circos com animais têm os meses contados na Argentina. Alguns que usavam animais já estão se adaptando e libertando-os, começaram a experimentar espetáculos de melhor qualidade que alimenta o desenvolvimento artístico das pessoas”, declarou Eduardo López, Diretor Nacional da AnimaNaturalis na Argentina.

“Estes circos, na tentativa de melhorar sua imagem diante do público, muitas vezes doam entradas nas escolas, então é importante que os diretores, docentes e pais de alunos não deem incentivos aos jovens para assistirem a tais espetáculos”, comenta López.

A AnimaNaturalis destaca ainda que o esforço de todos os ativistas que vivem no local foi fundamental para que isso fosse possível e também dos funcionários que souberam escutar as reclamações da sociedade e atuaram com eficácia.

O objetivo agora é que o fechamento seja permanente, para que nunca mais voltem a atuar abusando dos animais.

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