EnglishEspañolPortuguês

Boa noite!

27 de junho de 2010
1 min. de leitura
A-
A+

 

Já era tarde da noite e a floresta estava quieta. A floresta sim, seus moradores é que não. A coruja de vez em quando falava. Já os sapos era toda hora. Morcegos sussurravam qualquer coisa, enquanto voavam como sombras mansas por entre as grandes árvores seculares de frutas doces. Ao caminhar, a raposa estalava os galhos e folhas secas, que dormiam amontoadas no chão. Os saguis e os micos-leões-pretos, que se acendem à noite, tagarelavam entre eles. E como tinham assunto… Os grilos ritmados faziam companhia aos sapos. O casal de furões brincava de se enfiar nos tocos ocos de madeira. Ela estava úmida e bem escorregadia. E eles adoram isso. O guizo da cascavel não deixava o pica-pau dormir. É involuntário, ela disse. E o pica-pau perdoou. O sereno deixava as folhas das árvores e arbustos cheirosas e brilhando. Os vaga-lumes acendiam de vez em quando e apagavam de vez em quando. Eu brincava de falar com eles, acendendo e apagando a luz amarela do quarto. Como é linda e musical a madrugada na floresta. E como é bela a vida que acorda na natureza enquanto a gente dorme – ou deveria estar dormindo. 

Você viu?

Ir para o topo