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O mais evoluído dos animais, o mais decaído dos demônios

20 de outubro de 2015
5 min. de leitura
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Imagem: Divulgação
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O homem sempre se utiliza de seus preconceitos para se diferenciar e super valorizar em relação aos demais e com isso se justificar na exploração dos mais fracos.
Foi assim em relação à escravidão de outros povos, dizendo que só seu povo era o “povo escolhido” por um deus ou vários. Depois se utilizando de suas características físicas, de suas características corporais, primeiro usando a cor da pele para escravizar o semelhante, depois as características sexuais para subjugar suas companheiras.
Hoje se utiliza da super valorização como espécie para explorar a escravidão animal. Mas pior que isso, rouba seu trabalho, dilacera seu corpo e vampiriza seu sangue e músculos, sugando a vida de sua carne. Assassinando sem dó milhões e milhões por hora, tudo alicerçado na perspectiva de que, nós humanos, somos diferentes, somos superiores e em nome dessa pretensa superioridade podemos nos utilizar de tudo e todos!
Está escrito na Biblia: Gênesis 9:5-6 –“ O assassinato de seres humanos é proibido porque os humanos foram feitos à imagem de Deus.”
E para complementar vemos o seguinte: Gênesis 9:2-6 – “Os animais foram dados nas nossas mãos e podem ser usados como comida. Os animais não foram feitos à imagem de Deus, mas as pessoas foram.”
Como imaginar um deus, dessa maneira. Um deus que cria um ser a sua semelhança e todo um planeta cheio de diferentes vidas para ser mutilado e explorado por esse ser “escolhido”.
Será que os golfinhos não passam em seus “assobios” na sua linguagem própria, tradições de um deus “golfinho” cuja sua espécie foi feita a sua semelhançaɁ
Onde o diabo, o mal, seria a semelhança do homem, que mata sua espécie e destrói suas casas e seu habitat.
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Imagem: Divulgação

Ou mesmo as formigas, imaginar que elas “cantam hinos”, através de seus feromônios, que lhe servem de comunicação, sobre gigantes destruidores, que de tempo em tempo destroem suas casas e famílias. E que orando a seu deus em forma de formiga, esses demônios gigantes se mantem afastados de suas vidas..
Quem escreve a estória a conta sempre do ponto de seu interesse. Assim também na religião. Como se comer apetitosos animais, se não se encontrar uma justificativa que se alivie o peso da consciência.
Consciência, essa que se baseia na lógica, e que quando vê a dor de um animal no sofrimento e morte, e sua alegria perante a família e amigos, reconhece semelhanças que só o preconceito pode narcotizar para justificar o abuso cruel.
Como se dominar uma cidade e se matar homens, mulheres, crianças e animais se não os considerarmos infiéis, como ocorreu nas “Cruzadas”Ɂ
Imaginar pessoas matando a todos de uma cidade só por terem ideias diferentes, e em meio a matança covarde acharem que seu deus estaria feliz com isso, só sobre um efeito narcotizante muito forte onde se dissocia toda a lógica em relação aos atos proferidos. Ruas se transformando em rios de sangue, não são diferentes que enormes canaletas onde se escorrem o sangue de bois e frangos todos os dias.
O que dizer de queimar pessoas vivas, pobres mulheres, por que conversavam com seus gatos. Quantos de nós não conversam até involuntariamente. Ou por que se usavam de ervas para curar, ou pior, por simples denuncia, invejosa ou interesseira.
Que gosto deus teria de ver uma mulher gritar de dor e sofrimento enquanto se desfaz em fogo e pó. Ou vendo lagostas e bichos da seda sendo cozidas vivas em caldeirões.
Quem consegue imaginar deus mandando que jovens se explodam, levando o maior numero de infiéis para o inferno, como mártir de sua religião. Ou vendo cães e galos se mutilando em brigas cruéis levados a isso por donos gananciosos e vis. Ou pior, multidões de aplausos ao verem o sofrimento de touros nos rodeios e touradas.
Mas é preciso se justificar a incoerência, os atos vis e covardes, assim se manipula a religião, se usa e se apropria, para se aliviar a alma pecaminosa do peso da consciência.
Assim hoje outras religiões dizem:
Livro dos Espiritos – 723. “A alimentação animal, para o homem, é contrária à lei natural?  — Na vossa constituição física, a carne nutre a carne, pois do contrário o homem perece. A lei de conservação impõe ao homem o dever de conservar as suas energias e a sua saúde para poder cumprir a lei do trabalho. Ele deve alimentar-se, portanto, segundo o exige a sua organização.”
Mas não continuam o estudo, e param de ler onde seus interesses são satisfeitos. Evitando a reflexão que vai contra seus desejos e prazeres. Preferem ignorar a frase seguinte:
L.E.- 724.” A abstenção de alimentos animais ou outros, como expiação é  meritória? — Sim, se o homem se priva em favor dos outros, pois Deus não pode ver mortificação quando não há privação séria e útil.”
Sim, abster-se de matar em favor de outros agrada a Deus. Parar de amedrontar explorar e matar seu semelhante para se alimentar, agrada o verdadeiro Deus. Escolher deixar o semelhante viver, mesmo que não tenhamos alguns desejos vis satisfeitos. E mais que agradar a Deus, é uma questão de lógica e bom senso!
Respeitar um ser que é capaz de sentir medo, dor e sofrimento, independente de religião, é uma questão de coerência. Você não gosta de sentir dor, por que imprime a seu semelhante, a seu próximo, como diria o divino mestre.
A melhor religião é a lógica e o bom senso. Por isso a mensagem se perpetuou, mesmo distorcida, “ “Ame o seu próximo como a si mesmo.” – Mateus 22.
O próximo são todos: eu, minha família, meu vizinho, minha cidade, minha nação, os membros de minha espécie e de todas as outras; animais e plantas. Mesmo os minerais. Respeitar as águas, o ar, não poluindo, não destruindo, mas preservando nossa casa planetária.
Essa é a verdadeira religião, que torna todos importantes perante Deus, merecedores de carinho e amor, mesmo que se apresentem exteriormente de maneiras diferentes e variadas. Infinitas vidas em infinitas combinações e formas, mas todas merecedoras de respeito!

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