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Leopardo é morto a machadadas e vídeo do assassinato choca internautas

20 de março de 2017
4 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Reprodução, Daily Mail

Um vídeo chocante mostra um jovem leopardo sendo brutalmente atacado por quatro cães na Namíbia antes de ser atacado até a morte por um homem segurando um machado.

O horrível assassinato dura vários minutos e os homens podem ser ouvidos rindo enquanto observam a cena bárbara.

Enquanto o leopardo enfrenta um extremo sofrimento no chão, um dos homens mexe em sua boca com uma vara antes do outro atacá-lo com o machado.

Audrey Delsink, diretora da Humane Society International, disse: “Este ataque causará ondas de choque em toda a Namíbia e no mundo”.

Foto: Reprodução, Daily Mail

Embora a exploração de cães para caça de “troféus” de leopardos seja ilegal no país, existe uma disposição que permite que um proprietário de terras mate um animal protegido (que inclui leopardos) por meio de uma autorização especial para “defender” a vida humana ou animal.

Mais grave ainda é o fato de a disposição deixar um espaço aberto para abusos e sofrimento, disseram ativistas.

“O animal está incapacitado, está em uma armadilha e nunca representa um perigo. No entanto, é ameaçado por cães e, em seguida, atacado até a morte”, declarou Masha Kalinina, especialista em política de comércio internacional da Humane Society International.

“Pela lei, não há nada que faça os proprietários de terras mostrarem que já tentaram outras medidas não letais antes. Achamos que esse leopardo foi atacado porque vacas foram mortas na fazenda”, acrescentou.

Foto: Reprodução, Daily Mail

A organização iniciou uma petição pedindo reformas que protejam os animais. Kalinina ressaltou que a brecha que os proprietários exploram exige uma mudança urgente para impedir que os leopardos sejam mortos com esta brutalidade.

“Estamos pressionando o governo da Namíbia, o Ministério da Agricultura, Água e Florestas, que acreditamos operar a fazenda no vídeo, bem como o Ministério do Turismo, que administra a área de vida selvagem nas proximidades, para alterar a Portaria de 1975”, explicou.

“Esses tipos de causas de morte são comuns, mas raramente investigadas. Queremos uma investigação adequada sobre o que aconteceu e estamos tentando reunir o máximo de informações possível. A matança também deve ser denunciada dentro de 10 dias [por lei]”, acrescentou.

Foto: Reprodução, Daily Mail

O assassinato bárbaro ocorre em um momento em que os leopardos estão classificados como “vulneráveis” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza. Isso significa que os animais correm alto risco de perigo na natureza.

A população de leopardos na África subsaariana, que inclui a Namíbia, diminuiu mais de 30% nos últimos 20 anos.
Em resposta às imagens horríveis, Delsink, destacou: “O assassinato deste leopardo é um dos exemplos mais hediondos de crueldade animal que já vi. Esta pobre criatura sofreu um ataque prolongado. O que é particularmente chocante é o absoluto desrespeito mostrado pelos homens envolvidos, que riem conforme o animal é repetidamente atacado pelos cães e espancado”.

“É imperativo que os homens que fizeram parte deste ataque sejam responsabilizados e que a morte trágica deste leopardo provoque uma mudança urgente na lei da Namíbia. Nenhum animal deve ser tratado desta maneira e a brecha que fornece carta branca para essa matança cruel e bárbara deve ser fechada”, adicionou.

Os ativistas acreditam que o ataque foi filmado em uma fazenda comercial de propriedade do governo sob a administração do Ministério da Agricultura, localizada no leste do Waterberg Plateau National Park, que é gerenciada pelo Ministério do Meio Ambiente e Turismo.

“Este é um ato insensato e brutal que não é justificável sob nenhuma circunstância”, afirmou Joseph Okori, diretor regional da África Austral do Internacional Fund for Animal Welfare (IFAW).

“O governo da Namíbia deve considerar a revisão de suas políticas no que diz respeito às espécies protegidas como um todo e alinhar-se às melhores práticas internacionais que não permitem essa crueldade terrível”, finalizou.

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