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Tratamento e amor fizeram cadela com cinomose voltar a andar

20 de março de 2010
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A superação da cinomose motivou os voluntários da organização não-governamental (ONG) Vira Lata Vira Vida a trocar o nome da cadelinha Pretinha por Vitória. Ela é uma dos cerca de 440 cães que a entidade mantém em um abrigo na cidade.

A doença foi diagnosticada em novembro. Vitória ficou 60 dias internada no ambulatório do abrigo e perdeu os movimentos das patas posteriores. Não andava mais. Segundo a presidente da ONG, Miriam Miranda, em situações como essa, muitas vezes é recomendado o sacrifício, mas o grupo não desistiu e comprou uma cadeira de rodas para ela.

A voluntária Patrícia Chaves, 38, ressaltou que o abrigo é completamente contra o sacrifício dos cães e disse que os tutores dos animais precisam fazer o tratamento para salvar o animal. “Além de Vitória, outros cinco casos de cinomose foram diagnosticados no canil. Somente ela teve sequela grave”.

Com o tratamento adequado, uso de vitaminas, antibióticos, suco de quiabo (rico em vitamina A, C, Cálcio Ferro e Fósforo) e mel, Vitória conseguiu se recuperar, mas não podia mais andar, segundo Luciana Girela Zanfelicio, 24, uma das veterinárias do abrigo. Ela comentou sobre o caso com uma veterinária de Rio Claro, que ofereceu o tratamento de acupuntura para tentar recuperar os movimentos de Vitória.

Na primeira sessão ela começou a movimentar as pernas e há um mês voltou a andar. Ainda cambaleando, Vitória consegue brincar com seus amigos do abrigo. Ela já fez cinco sessões de acuputura. É a própria Luciana que a leva para o atendimento na cidade vizinha.

Na clínica Natural Vet, Vitória também faz fisioterapia e deverá também passar por sessões de aquoterapia. “Ainda não há um prazo para isso acontecer, porque ela continuará por tempo indeterminado fazendo a acupuntura.

O exercício na água poderá ajudar a fortalecer os músculos das patas posteriores que foram afetados pela doença. Também faz parte do tratamento o uso de um medicamento fitoterápico”.

DOENÇA. A veterinária Patrícia Gomes Wehmuth, 29, também atua no abrigo e explicou que a única forma de evitar a doença é a vacinação anual. “Muitas pessoas acham que é só contra a raiva que é preciso vacinar os cães, mas com cinomose o cuidado deve ser o mesmo”, orientou.

A cinomose é transmitida por vírus, afeta o sistema neurológico e reduz a imunidade do cão. Com isso, bactérias oportunistas podem provocar infecções nos órgãos, principalmente nos pulmões.

De acordo com a voluntária Patrícia Chaves, a cadeira de rodas que foi utilizada por Vitória ficará no abrigo e poderá ser emprestada a outros abrigos de cães que precisarem do equipamento, que é caro. “Poderemos emprestar essa cadeira que foi construída por um protetor de animais do Rio de Janeiro para as instituições de proteção que precisarem”, afirmou.

A ONG continua precisando de rações para alimentar os cerca de 440 cães. As doações podem ser entregues na rua Boa Morte, 1.622, Centro. No local também é possível adquirir camisetas e produtos da ONG. Toda a renda é revertida para a compra de ração e medicamento para os animais e na manutenção da estrutura do abrigo.

Mais informações e informações sobre doação de animais podem ser obtidas pelo telefone (19) 9831-1929.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

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