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Problemas de visão dos cães: como descobrir e resolver

19 de fevereiro de 2010
3 min. de leitura
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Está aí um tema que pede mais uma de minhas frequentes comparações de caninos com pessoas. Assim como nossas crianças, os peludos precisam de atenção quanto a problemas visuais que possam apresentar; sejam incômodos passageiros, como pequenas sujeiras, doenças como catarata e glaucoma, além da diminuição normal da acuidade visual com a idade, bem como de prevenção e remédio para tudo isso. Pois bem, vejamos.

Como sabemos, os sentidos da audição e do olfato dos caninos são proverbialmente muito mais desenvolvidos que nos humanos. Mas na visão eles perdem – em termos. Para começar, eles só abrem os olhos com dez dias a duas semanas de vida, tempo necessário para seus olhos se formarem totalmente.

No primeiro ano de vida enxergam mal, e por toda a vida veem apenas algumas cores (neste espaço já demolimos o mito de eles verem somente em preto-e-branco). Mas, para compensar, eles têm visão noturna melhor que os humanos, pois sua retina é dividida em duas partes, uma escura e uma colorida, que refletem a luz – herança de quando os caninos surgiram no planeta, bem antes dos humanos, quando não existia iluminação artificial e os peludos precisavam ter boa visão à noite ou através de vegetação espessa.

Os cães dispõem também de uma terceira pálpebra interna, que encobre o olho e ajuda a recolher luminosidade do ambiente. Além disso, têm campo de visão (200 a 270 graus) mais amplo que os humanos (160 graus), podendo inclusive detetar movimentação por trás deles. E percebem melhor o movimento. Mamãe Natureza sempre trabalha bem; afinal, em ambientes pouco iluminados, nem faz muita falta distinguir cores – do mesmo modo que formas de vida residentes em grandes profundidades marinhas nem têm olhos; não havendo luz, nem precisam deles.

As semelhanças com os humanos incluem a possiblidade de miopia e riscos de conjuntivite, glaucoma e catarata, esta podendo ser causada por diabetes. O cão com problemas visuais merece ser tratado não só pelo incômodo dele próprio, mas também pelo perigo que pode representar para pessoas ou outros animais; ao sentir que não consegue ver tão bem como antes, o canino tende a ficar medroso e, portanto, demonstrar a famosa “coragem nascida do medo”, atacando a primeira sombra “estranha” que perceber.

Prevenção

O ideal é levar o peludo ao veterinário para check-up uma vez por ano e também ao oftalmologista veterinário, e examinar-lhe os olhos todo dia: ao perceber sujeira, limpe-lhe os olhos com soro fisiológico, não se esquecendo de lavar as mãos antes e depois – se o bicho tiver conjuntivite, ela pode contagiar os humanos também!

Se o veterinário receitar algum colírio ou outro medicamento para os olhos do canino, use uma de suas mãos para segurar o queixo do peludo, para evitar que ele fuja. Ao dar banho nele, cuidado para o xampu ou remédio antipulgas não cair nos olhos do animal.

E, justamente por ser tão óbvio, é sempre bom lembrar: ao atirar objetos para o bicho ir buscar, cuidado para não lhe acertar a cabeça ou os olhos!

Caninos usam óculos

Óculos para cães, tal como os dos humanos, são de três tipos: de grau, para melhorar a visão; escuros, para proteger do vento (inclusive em bancos de carros), nevoeiro, poeira e sol; e aquáticos, para mergulho. Existe até uma firma estadunidense especializada em óculos de sol para peludos, a Doggles.


Foto: Reprodução/Yahoo Notícias
Foto: Reprodução/Yahoo Notícias


Enfim, com uma armação de cor e formato adequado, seu peludo não só vai poder ver melhor, como também ser melhor visto. E se ele latir de forma a soar como “as cadelinhas do Leblon não olham mais pra mim” (ou “os cachorros etc.”), elas/eles é que estarão precisando de óculos…

Fonte: Yahoo Notícias

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