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EUA envia 30 mil cavalos para serem mortos pela indústria da carne canadense

17 de fevereiro de 2017
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Animals’ Angels

Muitos norte-americanos provavelmente não fazem ideia de que mais de 100 mil cavalos são enviados dos EUA para outros países anualmente para serem assassinados.

Em 2016, muitos dos mais de 30 mil cavalos norte-americanos transportados em caminhões em matadouros canadenses suportaram condições desumanas quando foram vendidos em leilão e transportados, apontou um novo relatório.

Como os últimos matadouros de cavalos nos EUA fecharam em 2007, os cavalos indesejáveis foram transportados por longas distâncias, rumo ao seu trágico destino.

Grande parte da carne de cavalo é exportada para a União Europeia (UE) para consumo. Porém, em 2015, a UE proibiu a importação da carne de cavalo do México, porque animais doentes ou com drogas perigosas em seus sistemas estavam sendo mortos. Agora, ativistas têm exigido uma proibição completa, citando as descobertas da mais recente investigação sobre cavalos enviados para a morte no Canadá.

Foto: Animals’ Angels

O grupo de defesa de animais Animals ‘Angels (AA), com sede em Maryland, passou os últimos dois anos investigando a morte de animais no Canadá. A organização encontrou cavalos cegos, doentes, extremamente magros e deficientes com feridas e infecções que foram colocados em caminhões, que os levaram em viagens de até 20 horas para seus destinos finais. Alguns foram descobertos mortos na chegada.

Por meio da observação em primeira mão de leilões de vacas e caminhões de transporte, assim como informações obtidas do Serviço de Inspeção de Animais e Vegetais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA-APHIS), os ativistas concluíram que o tratamento terrível de cavalos destinados à morte no Canadá é alarmante.

Foto: Animals’ Angels

O grupo, juntamente com uma coalizão de grupos europeus de bem-estar dos animais, forneceu suas conclusões à Comissão Europeia na esperança de que ela emitisse uma proibição total das importações de carne de cavalo do Canadá.

“No campo, continuamos a testemunhar a crueldade inerente ao comércio da morte de cavalos. A completa indiferença ao sofrimento dos animais é chocante”, disse um comunicado do AA.

Porém, há várias maneiras de as pessoas ajudarem estes cavalos, especialmente agora. Em janeiro, a Lei de Proteção à Segurança de Alimentos Americanos (SAFE), que tem o objetivo de acabar com a matança de cavalos, foi introduzida no Congresso.

“Encorajamos todos a contatar seus representantes e pressioná-los a apoiar a lei. Acreditamos que a conscientização é a chave para promover as mudanças de que os cavalos precisam”, declarou Sonja Meadows, diretora do AA.

Foto: Animals’ Angels

Valerie Pringle, especialista em proteção equina da Humane Society dos EUA (HSUS), acrescentou que as pessoas podem ter um impacto real na proteção dos cavalos da América, apoiando a legislação que visa protegê-los contra a indústria da carne e tomando as decisões certas quando cuidam de um cavalo.

“A superpopulação de cavalos norte-americanos precisa ser abordada pela indústria de cavalos, [ela] deve se concentrar em eliminar a grande reprodução e expansão e apoiar a adoção e resgate de cavalos. Os tutores que não podem mais manter o cavalo têm muitas outras opções e a HSUS possui recursos para ajudá-los a encontrar uma alternativa humana”, disse Pringle ao The Dodo.

Ela acrescentou que as pessoas interessadas em cuidar de um cavalo “devem adotar um de um centro de resgate respeitável, cujos cavalos merecem uma segunda chance.” O cavalo tutelado por Pringle, Braveheart, foi salvo quando ela o adotou de uma casa de leilões. “Eu não poderia estar mais feliz com ele!” afirmou.

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