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Ativista fica nua em protesto contra testes em animais na Espanha

16 de setembro de 2013
2 min. de leitura
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Por Helena Barradas Sá (da Redação)

Foto:
Foto: Animanaturalis

No sábado passado (7), uma ativista da AnimaNaturalis ficou nua para simular a posição de um coelho que passa por testes. A ideia era alertar e denunciar os testes a que os animais de laboratório são submetidos. As informações são do Europa Press.

Para pedir o fim dos testes em animais, protestos como este foram realizados de forma simultânea em várias cidades espanholas, como Barcelona e Madri.

De acordo com a AnimaNaturalis, anualmente, mais de 500 milhões de animais sofrem em laboratórios de todo o mundo. Dentre os animais utilizados em testes estão cães, gatos, ratos, porcos, cabras, chimpanzés, macacos e muitas outras espécies. Cada um deles perde a vida em função das lesões causadas pelos testes ou é sacrificado depois que os testes são finalizados.

Assim, AnimaNaturalis se alia ao movimento Stop Vivisection (Chega de Vivissecção), uma iniciativa dos cidadãos europeus que “permite que os cidadãos manifestem, mediante assinaturas oficiais, sua desaprovação aos testes em animais e peçam à União Europeia um enfoque cientificamente avançado, a fim de proteger a saúde dos humanos e os direitos dos animais”.

Com relação a isso, a sub-diretora da AnimaNaturalis na Espanha, Natalia Rizzo, explicou que a iniciativa Stop Vivisection é “uma grande oportunidade para falar em nome de todos os animais que sofrem e morrem nos laboratórios”, já que “atualmente temos tecnologia suficiente que nos permite abandonar os métodos obsoletos de testes”.

Segundo Rizzo, a comunidade científica acredita cada vez mais que a vivissecção “não só é um ato cruel, como também leva a resultados pouco confiáveis, que podem prejudicar os seres humanos, como já aconteceu em milhares de casos por todo o mundo”.

Com a iniciativa partindo da sociedade, espera-se conseguir pelo menos um milhão de assinaturas antes de novembro deste ano, a fim de que a Comissão Europeia volte seus olhos para a Diretiva 2010/63/EU, que diz respeito à proteção dos animais utilizados para fins científicos. Também busca que a Comissão apresente um texto que “proíba os testes com animais no campo da pesquisa biomédica e toxicológica, substituindo-os por métodos e procedimentos válidos para o ser humano”.

Nota da Redação: O desenvolvimento de métodos substitutivos para testes em animais é uma realidade. Sabe-se que a rapidez do desenvolvimento destes métodos aumenta com a rapidez em que os animais não humanos ganham direitos e passam a não serem mais utilizados para testes, ou seja, novos métodos não serão desenvolvidos para todas as áreas de pesquisa sem que haja a proibição dos testes em animais, sem que os animais sejam reconhecidos como seres com valor moral intrínseco.

Quando submetidos à testes em laboratórios, os animais sofrem dores, convulsões, são obrigados a ingerir substância tóxicas, fumaça tóxica, são expostos a radiação de armas químicas, colisões, explosões e, em sua maioria, morrem após todo o sofrimento que passam durante o processo.

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