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Coloquem a China num tribunal

15 de março de 2012
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

Informa a última edição da revista Economist: 24 toneladas de marfim obtido de maneira ilegal foram apreendidas em 2011. É o maior número desde que esse levantamento começou a ser feito em 1990. Representa o dobro do que foi apreendido em 2010. Significa que 2.500 elefantes morreram na caça clandestina. E a revista concluiu que 2012 vai ser ainda pior.

Para onde vai esse marfim todo? Ele é levado para os países da costa leste como o Quenia e a Tanzania. E daí segue em navio de carga para – onde mais? –a China. Lá os dentes dos elefantes mortos são vendidos a consumidores ricos e vorazes pelo equivalente a 900 dólares o quilo. Os chineses estão comprando até o marfim retirado de mamutes congelados desenterrados na Rússia.

A China tem todo o direito de enriquecer. Mas não o de comprar a destruição do mundo nem a morte em massa de animais, especialmente os ameaçados de extinção. Existe um tribunal em Haia (Holanda) para julgar os que cometem genocídio. Quando teremos um para julgar quem extermina espécies e faz da tortura de animais um estilo de vida?

PS – Quem tem que garantir que os cidadãos da China obedeçam às leis internacionais e às regras mínimas de civilização é o estado chinês. Que por sua vez prefere perseguir quem não concorda com o governo.

PS2 – Todo chinês merece o fogo do inferno pelo que faz aos animais? Isso sim seria um preconceito. As associações de proteção animal da China estão se multiplicando e começando a fazer diferença. E é muito bom saber que uma superestrela do basquete como Yao Ming esteja fazendo campanha pelo fim do consumo de marfim. Lema da campanha: “Quando a compra termina, a matança termina também”.

YAO MING

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